O empate sem gols entre Grêmio e CSA, ocorrido na terça-feira (20), na Arena, marcou a eliminação do clube gaúcho da Copa do Brasil ainda na terceira fase. A principal polêmica da noite surgiu nos acréscimos do segundo tempo, quando Aravena balançou as redes, mas o lance foi anulado por falta de Kannemann em Igor Bahia.
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A Confederação Brasileira de Futebol divulgou, já na madrugada de quarta-feira (21), os áudios da comunicação entre a equipe do árbitro de campo Matheus Candançan e o VAR. Na revisão do lance, a árbitra de vídeo Daiane Muniz apontou um tranco de Kannemann nas costas do adversário. Segundo ela, embora o braço que causou sangramento fosse do próprio jogador do CSA, houve um impacto que impediu a disputa justa pela bola.
Durante a análise, Daiane reforçou: “Existe sim o tranco do jogador do Grêmio”. O árbitro, ao rever as imagens, concordou com a avaliação, concluindo que o defensor do CSA “não consegue subir” devido à ação de Kannemann. O gol foi anulado, o placar permaneceu inalterado e a equipe alagoana garantiu a classificação para as oitavas de final.
O áudio do VAR do gol anulado do Grêmio contra o CSA, pela Copa do Brasil.
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) May 21, 2025
🎥 Divulgação/CBF pic.twitter.com/M36VNVmxXZ
A anulação do gol gerou revolta entre os gremistas, que cercaram a arbitragem ainda em campo. Inclusive, durante o tumulto, o atacante Arezo acabou sendo expulso. Posteriormente, o clube emitiu uma nota oficial informando que o presidente Alberto Guerra e o coordenador técnico Luiz Felipe Scolari viajarão ao Rio de Janeiro para uma reunião com a Comissão de Arbitragem da CBF.
Segundo o comunicado, a pauta do encontro incluirá questionamentos sobre o critério adotado pela arbitragem, tanto na partida contra o CSA quanto na anterior, diante do São Paulo, quando o clube também reclamou de um pênalti assinalado contra sua equipe.
A discussão sobre a atuação do VAR reacendeu críticas em relação à consistência das decisões em momentos cruciais. A CBF, ao divulgar os áudios, tenta reforçar a transparência do processo, embora os desdobramentos do caso ainda estejam longe de encerrar as tensões entre os clubes e a arbitragem nacional.