A Arena Barueri voltou a ser foco de debate após a Federação Paulista de Futebol (FPF) determinar sua interdição. A decisão ocorreu após o Palmeiras informar que o estádio passaria por reformas e, portanto, não poderia receber público até o fim de junho. A presidente do clube, Leila Pereira, considerou a medida como uma represália política por não ter apoiado Reinaldo Carneiro Bastos na eleição da CBF.
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Diante da situação, a administração da arena apresentou à FPF um plano de ação a fim de liberar parcialmente o estádio. A proposta contempla a utilização de camarotes com divisórias e climatização, bem como medidas de acesso segregado para as torcidas. Segundo o documento, a torcida mandante entraria pelo Portão VIP 1, enquanto a visitante teria entrada separada, pelo Portão VIP 2.
As obras em questão são continuidade de uma reforma iniciada em setembro do ano passado. O investimento total já ultrapassa R$ 70 milhões e inclui melhorias como novo gramado, iluminação, vestiários e cadeiras. Atualmente, os trabalhos se concentram na modernização das lanchonetes, instalação de luminárias, pintura do piso com tinta epóxi e finalização dos banheiros do terceiro andar.
Aliás, as partidas realizadas com público estavam interferindo diretamente no ritmo das obras. Conforme explicado, era necessário interromper as intervenções dois dias antes dos jogos e retomar apenas após a desmontagem da estrutura temporária. Por isso, a administração solicitou 20 dias sem jogos com público, a fim de concluir etapas críticas.
A FPF, no entanto, manteve a interdição com base no Regulamento Geral de Competições, que não permite jogos sem público. A entidade argumenta que o laudo de engenharia apresentado pelo clube não abrangeu todas as questões operacionais exigidas em dias de partidas. Novos documentos complementares foram prometidos pela administração da arena.
Enquanto isso, a CBF manteve a realização da partida entre Palmeiras e Cruzeiro pelo Brasileirão Feminino, mas com portões fechados. A divergência entre o clube e a federação paulista segue sem consenso, e a presidente Leila reforça a percepção de motivação política, embora a FPF negue qualquer retaliação.