A chegada do Santos a Maceió, na quarta-feira (21), foi marcada por grande mobilização popular. A delegação desembarcou no fim da tarde e foi recepcionada por uma multidão de torcedores na entrada do hotel, já no início da noite.
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A presença de Neymar, mesmo fora da equipe titular, foi o principal motivo da aglomeração e do entusiasmo. O atacante, que retorna de sua segunda lesão muscular na temporada, pode entrar em campo durante a segunda etapa do confronto decisivo contra o CRB, pela terceira fase da Copa do Brasil.
Durante o tumulto provocado pela chegada da delegação, Neymar acabou sendo puxado por um torcedor e demonstrou incômodo físico. Um segurança precisou intervir, e o camisa 11 saiu do local abanando o braço, sinalizando dor.
Elenco definido, mas com desfalques de última hora
A formação inicial santista para o jogo desta quinta-feira (22), às 21h30, no estádio Rei Pelé, foi confirmada ainda no aeroporto. A escalação inclui: Gabriel Brazão; Léo Godoy, Zé Ivaldo, Luan Peres e Souza; Tomás Rincón, Zé Rafael e Rollheiser; Barreal, Guilherme e Deivid Washington. Guilherme, aliás, retorna ao time após se recuperar de lesão.
Contudo, a equipe perdeu o lateral-direito Aderlan, cortado da lista de relacionados após sentir dores na coxa direita durante o último treino no CT Rei Pelé. O jogador passará por exames complementares.
Contexto psicológico agrava desafio santista
O embate diante do CRB tem peso simbólico e emocional elevado. O Santos, que vive um momento instável, acumula seis jogos sem vencer, sendo quatro derrotas e dois empates. A equipe obteve apenas um triunfo nos últimos 11 compromissos, evidenciando dificuldades claras de reação em momentos adversos.
Aliás, a resiliência tem sido um problema notório: ao longo da temporada, o time da Baixada Santista venceu de virada apenas uma vez – contra o São Paulo, em fevereiro. Também deixou escapar vitórias em pelo menos seis ocasiões, como nos empates com Bahia, Botafogo-SP e o próprio CRB no jogo de ida (1 a 1), além das derrotas para Vasco, São Bernardo e Palmeiras.
Apoio psicológico negligenciado
Desde o rebaixamento à Série B, o clube não conta mais com suporte psicológico fixo para os jogadores. A psicóloga Juliane Fechio, que atuava junto ao elenco até dezembro de 2023, deixou o cargo sem reposição. Agora, Cleber Xavier e a diretoria estudam reativar o setor especializado, justamente diante da percepção de fragilidade emocional nos momentos decisivos.
Copa do Brasil como divisor de águas
O confronto desta quinta-feira ganha contornos de decisão não apenas por se tratar de uma vaga nas oitavas de final, mas também pelo peso que representa no planejamento esportivo e institucional do Santos. O torneio se apresenta como oportunidade de reestruturação moral e técnica, além de relevância financeira em meio à instabilidade esportiva.
Qualquer vitória no tempo normal garante classificação direta. Novo empate leva a definição para os pênaltis, o que, diante do histórico recente, adiciona ainda mais pressão à equipe santista.
