A Fifa estuda implementar um sistema de preços dinâmicos para os ingressos da Copa do Mundo de 2026, marcada para ocorrer entre os dias 11 de junho e 19 de julho nos Estados Unidos, Canadá e México. A proposta consiste em ajustar os valores conforme a demanda, o que pode elevar significativamente o custo para o público, especialmente nas partidas mais disputadas.
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De acordo com o jornal britânico ‘The Times’, a iniciativa já desperta preocupações entre associações de torcedores, principalmente por causa da possibilidade de encarecimento excessivo dos bilhetes. Afinal, com a procura elevada nos principais jogos, como a final do torneio, os ingressos tendem a atingir preços considerados proibitivos para grande parte do público.
Atualmente, esse modelo de comercialização já está sendo aplicado pela própria Fifa na venda de ingressos para o Super Mundial de Clubes de 2025, que acontecerá entre os dias 14 de junho e 13 de julho. Contudo, a baixa procura por entradas neste torneio tem provocado o efeito contrário: preços mais acessíveis para a maioria das partidas.
Segundo projeções, a Copa do Mundo de 2026 deverá vender cerca de 6,5 milhões de ingressos, com uma arrecadação estimada inicialmente em US$ 1,8 bilhão. Contudo, com a adoção da precificação dinâmica, a expectativa é que essa receita possa ser significativamente ampliada, ainda que esse aumento dependa da adesão do público.
Esse modelo de precificação não é novo em território norte-americano. O Super Bowl, decisão da NFL, utiliza essa estratégia há anos. Como resultado, os valores médios de ingressos das edições de 2024 e 2025 chegaram a R$ 44,8 mil e R$ 38,6 mil, respectivamente.
Portanto, o uso desse sistema na Copa representa um alinhamento com práticas do mercado dos Estados Unidos, mas também impõe desafios quanto à acessibilidade. O tema, aliás, deverá ser acompanhado de perto por entidades ligadas aos direitos dos torcedores e ao consumo consciente de grandes eventos esportivos.
