Flamengo toma decisão envolvendo novo presidente da CBF

Centro de Treinamento Ninho do Urubu - Foto: divulgação

A eleição para o novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está marcada para este domingo (25), mas o pleito já carrega forte tensão nos bastidores. Em meio a críticas ao processo eleitoral, o Flamengo optou por não participar da votação, em um movimento conjunto com outros clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. A decisão é um protesto claro contra a condução da eleição, que tem apenas um candidato: Samir Xaud, da Federação Roraimense de Futebol (FRF).

Clubes se unem e rejeitam o processo eleitoral

De acordo com informações do GE, Flamengo, Corinthians, Fluminense, São Paulo, Santos, Cruzeiro, Fortaleza, Internacional, Juventude, Mirassol e Sport, da Série A, além de América-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo-SP, Chapecoense, Coritiba, Cuiabá, Goiás e Novorizontino, da Série B, confirmaram que não participarão da eleição da CBF.

Sendo assim, os clubes protestam contra a falta de diálogo e transparência no processo. Segundo a nota divulgada, a ausência na votação serve como forma de demonstrar insatisfação, mas todos “estarão prontos para conversar com a nova gestão a partir da próxima semana”.

Apoio dividido e clima de instabilidade

Por outro lado, nem todos os clubes aderiram ao protesto. Isso porque Atlético-MG, Bahia, Avaí, Ceará, Red Bull Bragantino, Ferroviária, Vitória, Vila Nova e Operário-PR decidiram não assinar a nota conjunta. Eles também não declararam apoio a Samir Xaud, mostrando que a disputa interna vai além da eleição em si.

Vale destacar que Samir Xaud conta com o apoio de 25 federações estaduais, todas, exceto São Paulo e Mato Grosso e de dez clubes das Séries A e B, incluindo Palmeiras, Grêmio, Vasco e Botafogo. O Athletic-MG preferiu se manter neutro.

A eleição ocorre após o afastamento de Ednaldo Rodrigues do cargo, o que escancarou mais uma crise no comando do futebol brasileiro. Com isso, o protesto do Flamengo e de outros clubes reforça a urgência por mudanças estruturais dentro da CBF.

Além disso, cabe ressaltar que essa movimentação coletiva indica um possível reposicionamento político dos clubes frente à entidade, o que pode trazer novos desdobramentos nos próximos meses. Desse jeito, o futuro do futebol nacional segue em debate.