Times da Série A são ameaçados para apoiar candidato à presidência da CBF

Escudo da CBF (Foto: Reprodução)

A eleição para a presidência da CBF ganhou contornos polêmicos e preocupantes nos bastidores do futebol brasileiro. Clubes das Séries A e B denunciaram que estão sendo ameaçados por federações e patrocinadores para que apoiem, ou ao menos não se oponham, à candidatura de Samir Xaud nome único na disputa. Isso porque o dirigente conta com o apoio de 25 das 27 federações estaduais e caminha para ser confirmado como o novo presidente da entidade.

Além disso, relatos apontam que clubes que demonstraram intenção de apoiar outro nome, como o de Reinaldo Carneiro Bastos, têm receio de represálias, principalmente com relação à perda de apoio político e de contratos comerciais. Por isso, muitos times preferem a abstenção ou o silêncio no processo eleitoral.

Documento coletivo formalizará o boicote

Sendo assim, um novo documento está em elaboração para oficializar o boicote dos clubes ao pleito da CBF. O movimento reúne times que integram a Libra e a Liga Forte União (LFU), que já haviam apresentado um manifesto anterior exigindo reformas na entidade, principalmente no modelo de votação, considerado desigual pelos dirigentes.

Vale destacar que esse grupo contou com o apoio de cerca de 30 clubes, contra 10 que apoiaram formalmente Samir Xaud. Dessa maneira, o desequilíbrio na força de voto entre federações e clubes continua sendo alvo de críticas, isso porque os votos das entidades estaduais possuem um peso desproporcional em relação ao número de clubes, comprometendo a representatividade real no processo.

Impasse revela fragilidade na governança do futebol brasileiro

Cabe ressaltar que a crise evidencia mais uma vez a falta de transparência e a centralização de poder na estrutura da CBF. Com isso, o processo eleitoral, que deveria ser democrático e representar os interesses do futebol como um todo, acaba sendo marcado por suspeitas, ameaças e desconfiança.

Desse jeito, cresce a pressão por mudanças profundas nas regras e na governança da entidade que comanda o esporte mais popular do país. Portanto, os próximos capítulos dessa disputa política devem seguir no centro das atenções do futebol nacional.