Na coluna publicada na madrugada de sexta-feira (23), Walter Casagrande Jr. traçou um retrato incisivo da situação do Santos em 2025. Segundo ele, a temporada caminha para ser uma das piores da história recente do clube. “O futebol fraco foi o mesmo”, escreveu o colunista, referindo-se ao empate sem gols contra o CRB na Vila Belmiro, seguido pela eliminação nos pênaltis em Maceió.
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A queda precoce na terceira fase da Copa do Brasil, justamente a primeira disputada pelo Santos nesta edição, representa mais do que uma simples eliminação. Para Casagrande, “agora, além de estar fora da Copa do Brasil, terá que enfrentar só times melhores e precisa começar a vencer urgentemente”.
A derrota nos pênaltis frente ao CRB, clube da Série B, expôs novamente a fragilidade santista. Embora Neymar tenha retornado à equipe, o desempenho coletivo não reagiu — e sua presença não foi suficiente para evitar mais um revés doloroso.
A voz da diretoria e a crise de produtividade
A diretoria santista, por meio do CEO Pedro Martins, também reconheceu publicamente os problemas internos após a eliminação. Ele afirmou que “o elenco, pelo que foi projetado, não é para estar onde está”.
Martins defendeu o técnico Cleber Xavier, embora tenha reconhecido que a baixa produção ofensiva — um único gol em cinco jogos — representa um “problema sério” a ser resolvido antes da pausa para a Copa do Mundo de Clubes.
Reflexo financeiro e apagão tático
Além do abalo esportivo, a eliminação impacta diretamente as finanças do clube. Com a queda, o Santos deixa de arrecadar R$ 3.638.250,00 apenas por não avançar à próxima fase da Copa do Brasil. Isso compromete ainda mais um planejamento já pressionado pela ausência de outras frentes competitivas.
A avaliação interna é de que há falta de intensidade, agressividade e capacidade de reação. A equipe começa bem, mas perde força ao longo dos jogos, evidenciando um desequilíbrio mental e tático.
Neymar e a sombra da incerteza
Apesar do protagonismo de Neymar em campo — inclusive convertendo penalidade na disputa contra o CRB —, o camisa 10 voltou a cobrar mais envolvimento do grupo. “Não pode depender só de mim”, disse após a eliminação. Casagrande, por sua vez, apontou que o Santos “não pode mais poupá-lo” e que, com ou sem o jogador, a tarefa de evitar uma nova queda à Série B será árdua.
O colunista ainda alerta para a real possibilidade de saída do atacante ao término do contrato em junho, principalmente se o ambiente seguir instável.
Perspectiva de futuro: confronto direto como última chance
O próximo compromisso do Santos será contra o Vitória, em Salvador, num duelo considerado por Casagrande como “confronto direto”. Mesmo com um eventual triunfo, a equipe ainda permanecerá no Z4. Dessa forma, a sequência imediata do Brasileirão surge como determinante para o destino da temporada. Conforme as palavras do CEO Pedro Martins, cada jogo deve ser encarado como uma final.