A Federação Internacional de Futebol (FIFA) traçou uma meta ambiciosa para os próximos ciclos do futebol feminino. Conforme anunciou o presidente Gianni Infantino, a entidade pretende arrecadar US$ 1 bilhão apenas com as edições de 2027 e 2031 da Copa do Mundo Feminina. O anúncio foi feito durante o Fórum de Investimentos Arábia Saudita-EUA 2025, realizado em Riad.
Notícias mais lidas:
Metas financeiras e reinvestimento na modalidade
Segundo Infantino, “o futebol feminino e as mulheres no futebol são de importância crucial”. O dirigente ressaltou que, além do objetivo de gerar receitas bilionárias, o foco está em reinvestir o valor obtido diretamente no desenvolvimento da modalidade.
A declaração reforça a estratégia da FIFA de consolidar a expansão comercial do torneio, aproveitando o crescimento exponencial de popularidade do futebol praticado por mulheres.
O sucesso financeiro da edição anterior, realizada em 2023 na Austrália e Nova Zelândia, serve como base para os planos futuros. Na ocasião, a competição gerou mais de US$ 570 milhões, atingindo o equilíbrio financeiro — algo considerado um marco para o torneio.
Sede inédita e formato ampliado
A próxima edição da Copa do Mundo Feminina acontecerá no Brasil, entre os dias 24 de junho e 25 de julho de 2027. Será a primeira vez que o torneio será realizado na América do Sul. O país receberá jogos em oito capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Porto Alegre. A final será disputada no Maracanã, conforme já confirmado pela entidade máxima do futebol.
Além disso, a FIFA aprovou a ampliação do número de participantes. A partir de 2031, quando os Estados Unidos devem sediar o evento, o formato contará com 48 seleções, seguindo o modelo adotado na versão masculina do torneio.
A decisão foi tomada por unanimidade pelo Conselho da entidade, em consonância com o aumento do interesse comercial e esportivo em torno da competição.
Expansão estratégica e impacto econômico global
O plano da FIFA contempla um modelo de expansão do futebol feminino para além dos limites tradicionais do esporte. Infantino destacou o potencial de crescimento fora da Europa, afirmando que, se países como Arábia Saudita e Estados Unidos atingirem 20% do desempenho europeu no futebol, o impacto no Produto Interno Bruto (PIB) global do esporte poderá superar meio trilhão de dólares.
Aliás, o mandatário elogiou a iniciativa saudita de desenvolver uma liga nacional feminina e formar uma equipe representativa. “O futebol feminino é realmente o único esporte coletivo para mulheres que tem um público tão grande e um impacto tão grande também”, enfatizou.
Considerações finais
O plano de arrecadação de US$ 1 bilhão demonstra não apenas a confiança da FIFA no potencial do futebol feminino, mas também a intenção clara de utilizar os lucros como alicerce para o fortalecimento da modalidade.