A conquista da Libertadores de 2023 permanece viva na memória dos torcedores do Fluminense. Entre eles, o psiquiatra Rodrigo Borghi, que mora em Americana, no interior paulista, encontrou uma forma peculiar de eternizar o feito: tatuou cinco personagens fundamentais da campanha no corpo. Entre os homenageados estão o técnico Fernando Diniz, além dos jogadores Marcelo, Cano, John Kennedy e Felipe Melo.
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A escolha de Borghi não se deu ao acaso. Segundo ele, foram necessárias quatro sessões de seis horas cada para finalizar a tatuagem que envolve a imagem da taça da Libertadores. O tronco foi praticamente coberto, simbolizando o grau de envolvimento emocional do torcedor com o título histórico. Ele mesmo afirma que não se arrepende e vê a tatuagem como símbolo de gratidão.
Fernando Diniz ocupa um espaço de destaque nessa homenagem. Rodrigo revela que nunca criticou o treinador durante os jogos do Fluminense, exceto por uma brincadeira: “A única vez que xinguei foi quando tatuaram o Diniz fazendo ‘vitória Fluminense’ ao lado do mamilo”, ironizou. A fala traduz não só a admiração, mas também a intimidade afetiva construída com o tempo.
Em entrevista ao ‘ge’, o tricolor contou detalhes da tatuagem e falou sobre a ida de Diniz para o Vasco, rival direto do time das Laranjeiras.
Mesmo com Diniz atualmente no comando do Vasco, adversário do Fluminense neste sábado (25 de maio), Borghi mantém o carinho inabalável pelo técnico. “Se ele fosse para o Flamengo, talvez fosse uma imagem inconcebível. Mas é um cara que vai voltar em algum momento, eu sei disso”, declarou. A fé em um retorno futuro mostra o quanto o vínculo emocional supera até mesmo rivalidades momentâneas.
Para Borghi, a relação com Diniz transcende o campo. “A não ser que meus 20 anos de psiquiatria façam eu errar muito, ele é um cara que eu queria no meu círculo de amizades”, confidenciou o torcedor, que vê no técnico traços de empatia e sensibilidade raros.
Assim, a tatuagem vai além da arte na pele. Ela representa, primordialmente, uma narrativa pessoal de devoção, gratidão e esperança, construída com suor, lágrimas e vitórias inesquecíveis. Afinal, para torcedores como Rodrigo, certos vínculos jamais se apagam.