A declaração de Leo Jardim sobre nova função de Gabigol no Cruzeiro

Gabigol pelo Cruzeiro (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Gabriel Barbosa tem vivido um novo momento em sua carreira desde que passou a atuar pelo Cruzeiro. Conhecido pela trajetória como centroavante, o jogador vem desempenhando um papel distinto sob comando de Leonardo Jardim.

Na vitória sobre o Fortaleza por 2 a 0, no domingo (25), na Arena Castelão, pelo Campeonato Brasileiro, ele contribuiu com duas assistências, uma para Kaio Jorge e outra para Lucas Silva. A performance reforçou sua crescente adaptação a uma função mais recuada no setor ofensivo.

Aliás, essa mudança de posicionamento — de finalizador a articulador — tem gerado resultados concretos. Em 2025, Gabigol soma 14 participações diretas em gols, sendo 10 tentos anotados e quatro passes decisivos.

Esse desempenho marca um contraste em relação às últimas temporadas no Flamengo, onde o foco estava predominantemente em balançar as redes. Para efeito de comparação, ele marcou 29 gols e deu cinco assistências em 2022, enquanto em 2024 os números caíram para oito gols e apenas uma assistência.

Reconhecimento de Jardim e protagonismo tático

O treinador da equipe celeste tem destacado publicamente a importância do atacante na atual estratégia do time. “Fico satisfeito, pois tenho mais uma solução dentro de um grupo que, aos poucos, tem apresentado soluções”, declarou Jardim, pontuando que as alternativas dentro do elenco têm sido fundamentais, principalmente diante das dificuldades enfrentadas para contratar reforços nos últimos meses.

Gabigol, inclusive, começou como titular pela segunda vez consecutiva, tendo atuado anteriormente diante do Vila Nova, pela Copa do Brasil. A oportunidade surgiu em função da suspensão de Matheus Pereira, mas o rendimento do camisa 99 evidenciou que seu papel vai além das ausências ocasionais.

“Ele está se esforçando para, dentro deste modelo, ser cada vez mais rentável e importante”, afirmou o comandante.

Status no elenco e adaptação ao grupo

Mesmo fora do time titular com regularidade, Gabigol mantém status elevado entre os principais nomes do plantel. Conforme Jardim, ele faz parte da “base” — um grupo de 16 a 17 jogadores que são constantemente utilizados.

“Não são só 11 que formam o time. Ele pertence a essa estrutura e vem buscando espaço de forma positiva”, explicou o técnico, ressaltando que as recentes modificações abriram caminho para a reintegração do atacante com novas atribuições.

Marquinhos e o limite contratual

Enquanto Gabigol ganha protagonismo com mudanças táticas, outro personagem da partida contra o Fortaleza também mereceu atenção. Marquinhos voltou a ser utilizado depois de quase um mês sem atuar e recebeu elogios pelo desempenho na ponta esquerda.

Contudo, a participação do jogador envolvia uma questão contratual delicada. O duelo representou a 17ª partida dele pela equipe, o que ativa uma cláusula que obrigaria o Cruzeiro a efetuar a compra definitiva junto ao Arsenal caso ele entre em campo novamente antes de 30 de junho.

Jardim confirmou que essa era a “última bala” disponível antes do gatilho contratual. Apesar disso, destacou o comprometimento do atleta. “Ele jogou, jogou bem, fez aquilo que pedi e está de parabéns, porque provou que pode ser importante no futuro do clube”, declarou.

Cenário do Cruzeiro e perspectiva imediata

O resultado positivo sobre o Fortaleza fez com que o time mineiro diminuísse a distância para o líder Palmeiras e estendesse sua série invicta em 2025 para nove partidas. Em um calendário apertado e exigente, a capacidade de extrair soluções internas se torna uma das principais virtudes da gestão de Jardim.

Nesse contexto, a nova função de Gabigol aparece como um dos principais acertos recentes, tanto pelo rendimento quanto pelo efeito coletivo gerado.