A sequência exaustiva de partidas tem gerado preocupação no Internacional. Desde o início de maio, o time já entrou em campo sete vezes, sendo seis dessas partidas longe de casa. Ao todo, o clube completou 17 compromissos em apenas 57 dias, o que tem provocado reações incisivas do técnico Roger Machado em relação ao calendário do futebol brasileiro.
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Após o empate contra o Sport, no domingo (25), Roger expôs seu descontentamento com a rotina desgastante. “Acordo de madrugada e não sei em que cidade estou”, afirmou. Conforme o treinador, o acúmulo de jogos penaliza justamente os clubes que alcançam classificações importantes na temporada anterior e que, por isso, precisam dividir-se entre as competições nacionais e continentais.
Atualmente, o Inter participa simultaneamente do Campeonato Brasileiro, da Conmebol Libertadores e da Copa do Brasil. Isso exige deslocamentos constantes e compromete a preparação física e tática. O elenco não contou com atletas importantes na viagem a Recife, como Vitão, Fernando, Bruno Henrique, Alan Patrick e Wesley. Ainda assim, perdeu Ricardo Mathias aos 23 minutos de jogo por lesão na coxa esquerda.
O número de jogadores no departamento médico também preocupa. Borré, Carbonero e Valencia se recuperam de problemas musculares, enquanto Rochet passou por cirurgia no dedo da mão esquerda. Mercado, Bruno Gomes e Lucca Drummond tratam lesões no joelho. Segundo Roger, o acúmulo de desfalques obriga o clube a ter mais opções no elenco, elevando os custos operacionais.
“Hoje, você precisa de três times, não só dois. Isso encarece o futebol”, declarou o treinador, que ainda reconheceu os esforços da equipe diante das circunstâncias. Entretanto, frisou que o grupo busca evolução constante mesmo sob limitações impostas pelo cronograma.
O Inter tem mais três partidas pela frente até a parada do Brasileirão em junho. Uma delas será decisiva: o confronto contra o Bahia, que definirá sua classificação às oitavas de final da Libertadores.