O Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou, na noite de segunda-feira (26), o afastamento de Augusto Melo do cargo de presidente do clube. A votação, realizada no Parque São Jorge, registrou 176 votos favoráveis, 57 contrários e uma abstenção. Apesar da decisão, ainda será necessário o aval dos associados em uma assembleia extraordinária para a medida ser definitiva.
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Durante esse período de transição, o comando do Corinthians será exercido pelo vice-presidente Osmar Stabile. Conforme previsto no estatuto, ele tem até cinco dias para convocar os sócios para a votação decisiva, que deve ocorrer dentro de aproximadamente um mês. A depender do resultado, poderá haver nova eleição entre os conselheiros ou, em caso de renúncia de Melo, Stabile permanecerá no cargo até o fim de 2026.
O processo de impeachment teve como base denúncias de irregularidades no acordo de patrocínio com a VaideBet, violação da Lei Geral do Esporte e descumprimento do estatuto do clube. Na semana anterior, Augusto Melo chegou a ser indiciado pela Polícia Civil. Sua defesa tentou impedir a votação judicialmente, mas não obteve êxito.
Mesmo afastado, Melo se manifestou publicamente. “Não estou renunciando, vou brigar para continuar aqui”, declarou. O dirigente também destacou que deixa o clube com os salários em dia, parcerias firmadas e contratos estruturais em andamento, como os referentes ao centro de treinamento e ao alojamento das categorias de base.
Aliás, Melo enfatizou o contrato com a Adidas e afirmou que sua gestão arrecadou mais de R$ 3 bilhões. “Espero que a próxima administração seja boa, porque o Corinthians está no caminho do equilíbrio financeiro”, comentou, atribuindo à sua gestão o cumprimento de todas as promessas feitas durante a campanha.
Afastado após pouco mais de um ano de mandato, Melo rompeu a hegemonia do grupo Renovação e Transparência ao ser eleito no fim de 2023. Entre polêmicas e disputas internas, conquistou o título paulista de 2025, principal resultado esportivo da sua breve gestão à frente do clube.