Agustín Rossi vive atualmente seu melhor momento desde que chegou ao Flamengo, em julho de 2023. O goleiro argentino atingiu a marca de 100 partidas pelo clube e tem se destacado como peça-chave do sistema defensivo.
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Em 2025, o Rubro-Negro apresenta os melhores números ofensivos e defensivos da Série A, e muito disso passa pelas atuações consistentes do camisa 1. Como ele mesmo definiu em entrevista recente: “Sinto que esta é minha melhor fase no Flamengo, estou tendo meu melhor ritmo de jogo”.
A vitória por 2 a 0 sobre o Palmeiras, no Allianz Parque, foi mais um reflexo dessa fase. Ainda no primeiro tempo, Rossi defendeu um pênalti cobrado por Piquerez, mantendo o time vivo na partida. A atuação lhe rendeu o título de “Craque da Torcida”, com 54% dos votos em uma enquete promovida nas redes sociais do clube, superando nomes como Alex Sandro e Arrascaeta.
Eficiência em pênaltis e estatísticas impressionantes
Os números de Rossi em disputas de pênalti chamam atenção. Desde que começou a atuar pelo Flamengo, ele enfrentou dez cobranças e defendeu quatro delas, além de ter visto uma ir na trave.
Isso representa um aproveitamento de 40%, o maior entre goleiros do Brasil com mais de dez penalidades contra desde 2015. Em nove dessas dez tentativas, ele pulou para o lado direito, o que mostra um padrão eficaz de leitura dos batedores.
Esse desempenho também remonta ao tempo em que defendia o Boca Juniors, onde já apresentava tendência de escolher o mesmo lado, mantendo consistência em sua estratégia. A postura técnica aliada à segurança emocional tem sido essencial para consolidar sua titularidade no clube carioca.
Superação de trauma e crescimento pessoal
Além das conquistas dentro de campo, Rossi tem demonstrado força emocional fora dele. Recentemente, o goleiro foi vítima de uma tentativa de assalto no Rio de Janeiro, em que seu carro foi baleado após desembarque da delegação que retornava da Argentina.
O episódio impactou sua rotina e a de sua família, levando-o a adotar medidas de segurança pessoal. Ainda assim, ele manteve o foco e garantiu que está “feliz e adaptado ao Rio”.
“Se eu faço bem as coisas, vou ficar aqui por muito tempo. Isso vai trazer títulos, vivência, idolatria”, afirmou o arqueiro, demonstrando comprometimento com o clube e projeção de continuidade no projeto esportivo da equipe.
Relacionamento com o grupo e papel tático
Rossi também tem exercido papel relevante na construção de jogo e comunicação tática. Em parceria com o técnico Filipe Luís, participa ativamente da orientação defensiva durante as partidas.
“Nos falamos muito, não só durante a semana, mas também nos jogos”, explicou ao comentar a relação próxima com o treinador. Sua capacidade de iniciar jogadas e distribuir a bola sob pressão é vista como um diferencial. “O ataque começa comigo”, resumiu.
Segundo ele, a filosofia do treinador valoriza a posse de bola e a construção desde o campo defensivo, o que se alinha ao seu estilo de jogo. A tranquilidade com que executa essas ações em campo aumenta a confiança dos companheiros e o reconhecimento por parte da torcida.
Reconhecimento interno e planejamento futuro
O bom desempenho do argentino não passou despercebido pela diretoria. Apesar de possuir vínculo até o fim de 2027, o Flamengo já estuda uma valorização contratual para ampliar o vínculo e os vencimentos do goleiro.
A diretoria entende que a segurança oferecida por Rossi em campo é vital para os objetivos do clube nas próximas temporadas. Clubes do exterior chegaram a sondar a situação do atleta, o que acelerou as discussões internas sobre sua permanência de longo prazo.
Identidade com a torcida e influência internacional
Com a camisa rubro-negra, Rossi vem conquistando a simpatia dos torcedores. Recentemente, foi ovacionado no Maracanã, episódio que ele descreveu como “muito gratificante”. Questionado sobre uma possível convocação para a seleção argentina, respondeu com cautela:
“Se tem alguém me olhando, isso pode chegar. Estou aqui evoluindo para fazer meu melhor”.