A primeira convocação de Carlo Ancelotti como comandante da seleção brasileira não passou despercebida por Diego Lugano. Durante participação no programa Resenha da Rodada, transmitido na noite de segunda-feira (26), o atual comentarista e ex-jogador deixou clara sua insatisfação com a ausência de um nome emblemático: Thiago Silva.
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O treinador italiano, que estreia oficialmente no comando da equipe nacional, optou por nomes como Danilo, atualmente no Flamengo, Casemiro, do Manchester United, além dos atacantes Antony e Richarlison, que atuam respectivamente por Betis e Tottenham.
Apesar disso, a escolha de Ancelotti não atendeu às expectativas de Lugano, que destacou a trajetória e o desempenho recente do zagueiro tricolor como justificativas para sua convocação.
“Pensei que o Ancelotti ia convocar o Thiago Silva. Eu tinha certeza”, afirmou o uruguaio, visivelmente surpreso com a omissão. Segundo ele, além do passado vitorioso do defensor, o rendimento atual no clube carioca é superior ao de outros jogadores chamados para a mesma posição.
Histórico com Ancelotti e influência na carreira
O vínculo entre Thiago Silva e o novo técnico da seleção remonta aos tempos de Milan e Paris Saint-Germain. Conforme relatado por Lugano, ambos mantêm uma relação próxima desde os anos em que trabalharam juntos no futebol europeu. Em 2020, o próprio zagueiro reconheceu a importância de Ancelotti em sua adaptação à Europa.
“Ele é alguém que eu realmente amo. Estou muito feliz por ter trabalhado com ele”, declarou o camisa 3 do Fluminense em entrevista anterior. Silva ainda recordou conselhos recebidos do treinador nos primeiros meses na Itália, destacando a relevância do aprendizado ao lado de nomes como Paolo Maldini.
“O Carlo me levou a todos os jogos, até fora de casa, para que eu pudesse observar o Maldini”, revelou o atleta, atribuindo ao italiano parte considerável de seu desenvolvimento técnico e tático.
Preocupações com a condução da CBF e impacto internacional
Além da ausência do veterano, Diego Lugano fez críticas contundentes à Confederação Brasileira de Futebol. Segundo ele, a eleição recente do novo presidente da entidade, realizada sem a participação dos jogadores, reflete uma postura distante do que é praticado nos principais centros esportivos.
“Foi um pouco vergonhoso que o principal país do futebol tenha esse comportamento”, avaliou o ex-defensor.
Apesar disso, Lugano reconheceu que a chegada de Ancelotti pode representar um sopro de esperança para o futebol nacional. “O efeito Ancelotti é isso. O Brasil feliz e organizado sempre é candidato ao título mundial”, pontuou. Ele ainda acrescentou que, fora do país, a nomeação do italiano está sendo vista com receio. “Fora do Brasil, começamos a nos preocupar”, concluiu.