A estreia de Carlo Ancelotti como técnico da Seleção Brasileira foi marcada por decisões que imediatamente repercutiram no cenário esportivo. Um dos principais destaques de sua primeira lista foi a ausência de Neymar, atualmente no Santos, após breve retorno aos gramados.
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Conforme revelou o próprio treinador, a não convocação se deveu ao momento físico do jogador, embora tenha declarado: “Contamos com ele” — indicando que o atacante segue nos planos da comissão técnica, mas não para o momento atual.
Na análise de Milton Neves, colunista do UOL, a medida foi considerada corajosa e acertada. “Não foi político e deixou justamente Neymar de fora!”, afirmou. Para ele, a presença do camisa 10 só “atrapalharia o ambiente” do novo ciclo iniciado por Ancelotti.
Convocação técnica e equilibrada
Ao todo, 25 jogadores foram chamados para os confrontos contra Equador e Paraguai, válidos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. A lista mesclou juventude e experiência, e apresentou novidades como Hugo Souza (Corinthians), Estêvão (Palmeiras) e Alexsandro Ribeiro (Lille).
Casemiro, ausente desde março de 2024, foi reintegrado ao grupo e sinaliza um retorno da liderança dentro do elenco. Já Antony, em boa fase no Betis, e Richarlison, recuperado fisicamente, reforçam o setor ofensivo.
Ainda assim, houve espaço para rostos conhecidos. Jogadores como Marquinhos, Bruno Guimarães, Alisson e Vinicius Júnior foram mantidos, dando continuidade a uma base já estabelecida. A presença de cinco atletas do Flamengo (Danilo, Léo Ortiz, Alex Sandro, Wesley e Gerson) destacou a valorização do futebol nacional, ainda que os principais nomes atuem fora do país.
Repercussão positiva e otimismo
Milton Neves foi categórico ao elogiar a postura do treinador italiano. “Gostei muito da primeira lista de Ancelotti no comando técnico do time da CBF!”, afirmou em sua coluna. Para ele, a convocação fez justiça ao bom momento de atletas como Hugo Souza e Antony.
O colunista ainda destacou o entusiasmo renovado com a Seleção: “Há tempos eu não ficava tão animado assim com o escrete canarinho!”.
Aliás, a decisão de incluir Estêvão, mesmo sem seu nome constar na pré-lista divulgada anteriormente, evidenciou o olhar atento e técnico do comandante. A inserção do jovem talento do Palmeiras foi tratada como necessária por especialistas, e sinaliza a intenção de promover uma renovação gradual no elenco.
Contrato milionário e estrutura de peso
A chegada de Ancelotti à Seleção não representa apenas uma mudança técnica, mas também um movimento estratégico da CBF. O treinador firmou um dos contratos mais vantajosos da história da entidade, com salário mensal estimado em R$ 5 milhões. Há ainda bônus de até R$ 30 milhões, vinculados ao desempenho na Copa de 2026.
Além do aspecto financeiro, o técnico conta com uma série de benefícios: residência de alto padrão no Rio, jatinho exclusivo para deslocamentos internacionais, carro blindado com equipe de segurança, plano de saúde internacional e seguro de vida integralmente pagos pela confederação.
O acordo, que vigora até o fim do próximo Mundial, tem como pano de fundo o desejo institucional de restaurar a imagem da Seleção após períodos de crise e instabilidade.
Perspectivas para os próximos compromissos
O Brasil, atualmente na quarta posição das Eliminatórias, enfrentará o Equador no dia 5 de junho, em Guayaquil, e o Paraguai em 10 de junho, na Neo Química Arena, em São Paulo (ambos às 21h30). Essas partidas marcarão o início prático da nova era sob comando de Ancelotti, que já começa com respaldo considerável por suas escolhas técnicas e postura independente frente a nomes consagrados do elenco nacional.