Walter Casagrande Jr., comentarista esportivo e ex-jogador, manifestou de forma direta sua insatisfação com a ausência de Kaio Jorge na primeira convocação de Carlo Ancelotti para a Seleção Brasileira. Antes mesmo da divulgação oficial da lista, que ocorreu na segunda-feira (26), o analista já havia defendido publicamente a inclusão do atacante do Cruzeiro.
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Em sua coluna no UOL, escreveu: “Kaio Jorge é um dos que merece espaço na Seleção. Está numa forma incrível, fazendo muitos gols, sendo um atacante de movimentação, com muita inteligência futebolística”.
Além de elogiar as qualidades técnicas do jogador, o comentarista destacou o histórico do atleta, revelado pelas categorias de base do Santos e com passagem internacional. Segundo Casagrande, apesar da pouca idade, Kaio carrega uma bagagem relevante para disputar espaço na equipe nacional.
“Mesmo sem ter jogado muito, ele já tem experiência fora do país”, reforçou.
Destaque pela regularidade e impacto ofensivo
Atualmente titular absoluto sob o comando de Leonardo Jardim, Kaio Jorge vive uma temporada de grande produtividade. O atacante disputou 16 partidas com a camisa do clube mineiro, marcou oito gols e distribuiu duas assistências. Inclusive, na véspera da convocação, anotou um golaço após assistência de Gabigol, fato que foi mencionado por Casagrande durante o programa Galvão e Amigos, da Band.
Embora tenha considerado compreensível a decisão de Ancelotti, o comentarista afirmou que o momento do camisa 9 justificaria plenamente uma chance.
“Ele está finalizando bem, se posicionando bem, tem mobilidade. Enfim, eu acho que deveria (ter sido convocado), mas não é um absurdo ele não estar”, ponderou, ao mesmo tempo em que ressaltou a escassez de oportunidades para atletas que atuam no futebol nacional.
Primeira convocação e ausências notáveis
A relação de atletas divulgada por Ancelotti trouxe 25 nomes para os compromissos diante de Equador e Paraguai, marcados para os dias 5 e 10 de junho, respectivamente. A lista privilegiou jogadores que atuam no exterior, mas também incluiu representantes de clubes nacionais, como Flamengo, Palmeiras e Corinthians. Do Cruzeiro, contudo, nenhum nome foi chamado.
Nomes como Alisson, Casemiro, Vinícius Júnior e Richarlison foram incluídos, ao passo que Neymar, recém-recuperado de lesão e de volta ao Santos, acabou preterido nesta ocasião. A presença de jovens como Estêvão e Andrey Santos foi um indicativo de que Ancelotti começa a mesclar gerações, mas nem isso foi suficiente para garantir o espaço desejado para Kaio Jorge.
Sugestão para aproximação com a realidade brasileira
Ainda antes da convocação, Casagrande sugeriu que Ancelotti se aproximasse de figuras históricas do futebol nacional a fim de facilitar sua adaptação ao contexto local. Mencionou nomes como Paulo Roberto Falcão, Kaká, Dunga e Ricardo Rocha, todos com vasta experiência e influência junto à Seleção.
“Seria uma ótima combinação”, avaliou, defendendo que o técnico italiano se cercasse de pessoas com vínculo direto com o futebol brasileiro para enriquecer o trabalho na CBF.
