Corinthians: presidente interino revela situação financeira do clube

Bandeira do Corinthians (Foto Reprodução/Instagram)

Osmar Stábile assumiu interinamente a presidência do Corinthians após a aprovação do impeachment de Augusto Melo pelo Conselho Deliberativo. Em sua primeira manifestação pública no cargo, o dirigente declarou ter encontrado um cenário financeiro alarmante. “Onde está o dinheiro? Não tem”, afirmou, ao descrever a ausência de recursos nos cofres do clube.

Anteriormente vice-presidente, Stábile revelou que os ocupantes desse cargo estavam afastados das decisões administrativas. “Não fomos chamados para nada”, disse. Segundo ele, a nova gestão precisa priorizar, de forma urgente, a reestruturação financeira, jurídica e organizacional. O dirigente ainda destacou a necessidade de quitar uma dívida de R$ 3 milhões relativa ao Profut, sob risco de o clube perder os benefícios do programa federal.

Conforme explicado por Armando Mendonça, outro vice-presidente, a situação é mais grave do que a anterior administração informava. “Disseram que estava tudo sob controle, mas não é verdade”, pontuou. A preocupação principal recai sobre o atraso de parcelas do Profut, o que poderia trazer sanções severas. Ainda que a gestão passada alegue a existência de R$ 5 milhões para cobrir o valor, Stábile garantiu que os recursos não estavam disponíveis.

Enquanto isso, o novo presidente interino defendeu uma trégua entre os diferentes grupos políticos do clube. “Não é hora de críticas, é hora de ajuda”, declarou. Ele também confirmou a permanência de Fabinho Soldado no comando do futebol e prometeu mudanças pontuais na diretoria nos próximos dias.

Sobre as categorias de base, Stábile sinalizou uma revisão criteriosa. “Vamos analisar quem pode permanecer. Não se trata de amizade, e sim de função benéfica ao clube”, esclareceu. Ele reforçou que todas as decisões serão tomadas com base em resultados e planejamento.

Por fim, o dirigente declarou que não discutirá, por ora, qualquer possível candidatura. “Não é o momento de falar de política. Temos que resolver os problemas do Corinthians”, concluiu.