O Vasco foi condenado pela Fifa a pagar uma quantia superior a R$ 30 milhões ao ex-treinador Ramón Díaz e ao seu filho e auxiliar técnico, Emiliano Díaz. A decisão, tomada em primeira instância, ainda permite recurso por parte do clube carioca, que pretende apresentar sua contestação ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça.
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A origem da disputa judicial remonta à goleada de 4 a 0 sofrida para o Criciúma, em abril de 2024. Na ocasião, minutos após o fim da partida, o Vasco anunciou pelas redes sociais que os dois profissionais estavam desligados. Contudo, Ramón Díaz afirmou posteriormente que foi surpreendido e declarou: “não esperava ser demitido pelo Twitter”. A divergência de versões impulsionou a ação na entidade máxima do futebol.
Conforme os termos estabelecidos na sentença da Fifa, o clube deve arcar com R$ 15,7 milhões de multa contratual e R$ 866 mil em verbas rescisórias a Ramón Díaz. Já Emiliano teria direito a US$ 2,3 milhões (cerca de R$ 13,3 milhões na cotação atual) e mais R$ 644 mil em verbas trabalhistas. A soma ultrapassa os R$ 30,5 milhões, valor que poderá ser revisto em caso de sucesso no recurso.
Enquanto prepara a defesa, o Vasco afirma que, caso precise honrar os pagamentos, vai responsabilizar judicialmente os antigos dirigentes da SAF. A possível ação de regresso terá como alvos a 777 Partners, a A-CAP, além do ex-CEO Lúcio Barbosa e da ex-CFO Katia dos Santos, que comandavam a gestão à época da saída da dupla argentina.
Em nota oficial, o clube destacou que os fatos ocorreram durante a administração da 777, que controlava a SAF em 2024. Ainda segundo o comunicado, qualquer valor eventualmente recebido pela família Díaz será destinado aos credores do processo de Recuperação Judicial, ao qual a instituição está submetida.
A situação, embora delicada, segue em aberto. O Vasco segue buscando soluções jurídicas para minimizar impactos financeiros e preservar seu planejamento esportivo e administrativo para o restante da temporada.
