A Adidas está prestes a reforçar sua presença no futebol brasileiro ao articular um movimento estratégico envolvendo o Corinthians, tradicional clube paulista. A possível parceria marca uma guinada relevante no cenário esportivo nacional, uma vez que pode encerrar um contrato de mais de vinte anos entre o clube e a Nike, iniciado em 2002.
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A confirmação do acordo partiu do ex-presidente Augusto Melo, que mesmo afastado do cargo no Corinthians por envolvimento no escândalo do caso da patrocinadora VaideBet, fez questão de anunciar o vínculo com a marca alemã. Ainda que a duração do contrato não tenha sido oficialmente divulgada, especula-se que ele possa se estender por até dez anos, com metas comerciais e esportivas como condicionantes.
Augusto Melo informou que a proposta prevê um faturamento total de até R$ 1,2 bilhão, valor que seria dividido ao longo do período contratual. Em termos anuais, o Corinthians poderia arrecadar aproximadamente R$ 69 milhões, montante similar ao que a adidas já destina ao Flamengo, com quem também mantém contrato de fornecimento de material esportivo.
Assim sendo, a multinacional alemã passaria a patrocinar simultaneamente os dois clubes de maior torcida do Brasil, consolidando seu posicionamento no mercado nacional. Enquanto isso, a Nike, caso se confirme a saída do Corinthians, deixaria de atuar diretamente no principal mercado consumidor do país: o estado de São Paulo.
Apesar disso, a marca norte-americana mantém sua presença no futebol brasileiro por meio de acordos com outras equipes. A partir de 2026, fornecerá uniformes ao Atlético-MG e ao Club Vasco da Gama, além de estar em negociações avançadas com o Grêmio, conforme informações de bastidores.
Portanto, a disputa entre adidas e Nike ultrapassa a simples competição comercial e reflete um verdadeiro redesenho no mapa de patrocínios esportivos do futebol nacional, impactando torcedores, clubes e a indústria como um todo.