O Conselho Deliberativo do Grêmio aprovou, na noite de terça-feira (27), mudanças relevantes no regulamento da Calçada da Fama da Arena. O novo texto atualiza diretrizes criadas originalmente em 2001 e amplia o escopo de homenageados, trazendo alterações tanto na forma de indicação quanto nos critérios de elegibilidade. A decisão foi tomada em reunião com a presença de 206 conselheiros e recebeu 92% de aprovação.
Notícias mais lidas:
Uma das alterações mais significativas é o aumento no número de assinaturas exigidas para apresentar uma indicação. Anteriormente, bastavam 20 apoios, mas agora serão necessárias 50 assinaturas de conselheiros. Além disso, somente três nomes poderão ser propostos a cada dois anos, o que tende a tornar o processo mais seletivo e criterioso.
Outro ponto que chama atenção é a inclusão explícita de profissionais do futebol feminino no regulamento. Embora não houvesse impedimento anterior, o novo texto deixa claro que tanto homens quanto mulheres podem ser homenageados. Apesar disso, até o momento, nenhuma mulher foi incluída na Calçada da Fama, localizada na esplanada da Arena, em frente ao museu do clube.
Também foi mantida a exigência de que os homenageados estejam aposentados da função pela qual foram reconhecidos. Ou seja, jogadores devem ter encerrado a carreira, e treinadores, deixado a beira do campo. A única exceção prevista são capitães de equipes campeãs, que poderão ser indicados mesmo em atividade, mas ainda assim precisarão da aprovação do Conselho.
Durante o debate, uma proposta sugeria que capitães com títulos nacionais e internacionais fossem automaticamente incluídos, mas foi rejeitada. A justificativa, segundo o presidente do Conselho, Alexandre Bugin, é manter o caráter deliberativo do processo.
Por fim, permanece a possibilidade de homenageados exercerem funções em clubes rivais. O tema voltou à tona após Roger Machado, já homenageado, assumir o comando do Inter. Apesar de críticas nas redes sociais, o regulamento não restringe tais movimentações.
