A disputa judicial entre Kylian Mbappé e o Paris Saint-Germain ganhou um novo capítulo após a Justiça de Paris suspender temporariamente a cobrança de € 55 milhões movida pelo jogador. A quantia, que inclui salários, bônus contratuais e um adicional de ética, teria sido reivindicada por Mbappé após sua saída do clube francês e transferência para o Real Madrid em julho de 2024.
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O PSG, no entanto, sustenta que havia um entendimento informal entre as partes. Segundo o clube, o retorno de Mbappé ao elenco em 2023, após um período de afastamento, foi condicionado a uma renúncia verbal dos valores agora cobrados. “Houve um acordo entre o atleta e o presidente Nasser Al-Khelaïfi”, alega a diretoria parisiense, mesmo sem registro formal do compromisso.
A defesa de Mbappé, representada por Delphine Verheyden, argumenta que o atacante tentou resolver a questão de forma amigável por mais de um ano. A advogada garante que o PSG ignorou os pedidos e que a cobrança é legítima.
“Buscamos apenas garantir os direitos básicos de um profissional diante de obrigações trabalhistas”, declarou Verheyden, reforçando que o caso exige análise multidisciplinar devido à sua complexidade.
Anteriormente, o jogador havia obtido decisões favoráveis em instâncias desportivas francesas. A Comissão Partidária da Liga validou a cobrança, e a Comissão Superior de Recursos manteve o parecer. O sindicato dos jogadores também apoiou Mbappé, criticando a postura do PSG e pressionando por ações mais rígidas, inclusive no cenário europeu.
Apesar das decisões desportivas, o PSG insiste que tais órgãos não têm poder jurídico obrigatório. Conforme a defesa parisiense, o caso deve ser resolvido exclusivamente no Judiciário francês. “A liga pode opinar, mas não impor”, afirmam os representantes legais do clube.
Enquanto isso, o processo volta a um estágio inicial, e os dois lados aguardam os próximos desdobramentos. O impasse jurídico, portanto, ainda está longe de uma definição conclusiva.