O Vasco da Gama está novamente autorizado a contratar jogadores após reverter uma punição imposta pela Fifa. A sanção havia sido aplicada por conta de uma dívida com o Nantes, da França, referente à contratação do atacante Adson. O valor pendente, de aproximadamente 3,89 milhões de euros (cerca de R$ 24,7 milhões na cotação atual), motivou o bloqueio nas janelas de transferências. Contudo, a situação foi revertida devido ao fato de o clube estar em processo de recuperação judicial.
Notícias mais lidas:
Conforme a legislação aplicável ao regime judicial, o clube não poderia realizar pagamentos a credores comuns, salvo exceções previstas. Segundo documentos apresentados à Justiça, a diretoria justificou que os pagamentos aos jogadores do elenco atual — como luvas e premiações — continuam sendo efetuados, pois são classificados como “credores colaboradores”, ou seja, parte da estrutura funcional ativa do clube.
A suspensão do impedimento para registrar atletas foi comunicada oficialmente pela Fifa, que reconheceu o status jurídico do clube. “Tal decisão se baseia no fato de o clube estar em processamento regular de recuperação judicial”, afirmou a entidade, conforme nota publicada pelo próprio Vasco em seus canais oficiais. Assim sendo, o clube passa a ter liberdade para atuar no mercado da bola, inclusive na janela de transferências do meio do ano.
Adson, pivô da questão, havia sido adquirido em janeiro do ano passado por 5 milhões de euros. A variação cambial aumentou o valor da dívida para R$ 31,7 milhões, mesmo com parte do valor já tendo sido paga anteriormente. Enquanto isso, o jogador voltou a treinar com o elenco, ainda que parcialmente.
A liberação surge em momento importante para o planejamento vascaíno, sobretudo após a classificação do time para os playoffs da Sul-Americana. Afinal, reforços são esperados para fortalecer o elenco. Eventualmente, essa retomada pode ser crucial para o desempenho da equipe nas competições nacionais e internacionais.
Por fim, embora o problema com o Nantes tenha sido suspenso, a diretoria ainda precisará lidar com as limitações do regime de recuperação judicial. Assim, qualquer negociação deverá ser avaliada à luz da capacidade financeira real do clube, que segue sob monitoramento judicial.
