A saída de Pedro Martins do cargo de CEO do Santos foi resultado de uma série de episódios que culminaram em seu isolamento dentro do clube. Inicialmente, ele havia recebido carta branca para liderar o departamento de futebol, mas perdeu espaço ao longo dos meses. A ruptura definitiva ocorreu quando o presidente Marcelo Teixeira comunicou que ele seria transferido para o setor administrativo da Vila Belmiro, algo que Pedro não aceitou.
Notícias mais lidas:
Segundo o ‘ge’, o primeiro grande atrito envolveu o afastamento de profissionais da área médica. Pedro sugeriu as saídas de Luis Alberto Rosan e Rodrigo Zogaib, fundamentais no processo de recuperação de Neymar. A sugestão foi mal recebida pela diretoria, que via nesses profissionais peças-chave do elenco. A partir daí, a confiança no CEO começou a se esvair de maneira mais explícita.
Outro ponto de desgaste foi a condução de contratações, especialmente a de Gabriel Veron. O atacante, emprestado pelo Porto, teve diversos episódios de indisciplina. Mesmo assim, Pedro se posicionou contra o afastamento do atleta, o que gerou críticas internas. Similarmente, a saída de Thiago Gaspparino do departamento de scout e a falta de reposição antes da janela de transferências do meio do ano ampliaram a insatisfação.
Ainda que anterior a esses eventos, a contratação de Pedro Caixinha também pesou. O técnico português foi trazido sob altas cifras, e sua demissão precoce custou ao clube R$ 15 milhões. Pedro tentou evitar a saída do treinador, mas falhou nas negociações, gerando prejuízo significativo ao Santos.
A entrevista coletiva concedida por Pedro após a saída de Caixinha intensificou seu desgaste. Na ocasião, ele declarou que o “saudosismo vai matar o Santos”, expondo conflitos internos. A postura foi vista como prejudicial, sobretudo por enfraquecer as tratativas com Jorge Sampaoli.
Por fim, a diretoria avaliou que, embora Pedro articulasse discursos públicos bem construídos, suas ações não refletiam soluções efetivas. Assim sendo, o conjunto de falhas administrativas, divergências estratégicas e declarações polêmicas selou a saída do executivo do clube.