Titular absoluto da zaga do Flamengo, Léo Pereira ficou de fora da primeira convocação da Seleção Brasileira de Carlo Ancelotti. A ausência foi especialmente notável por ocorrer logo após uma partida decisiva na qual o defensor marcou o gol da vitória contra o Deportivo Táchira, garantindo a classificação rubro-negra para as oitavas de final da Libertadores.
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Enquanto o treinador italiano optou por chamar os zagueiros Danilo e Léo Ortiz, além dos laterais Wesley e Alex Sandro e do volante Gerson — todos do Flamengo —, Léo foi o único entre os defensores titulares do clube a não receber a oportunidade.
Ao ser questionado na zona mista após o confronto no Maracanã, o camisa 4 respondeu com naturalidade: “Quem não queria [ser convocado]? Mas é seguir trabalhando forte, para que um dia possa realizar esse sonho. Por que não?”.
Desempenho em campo e reconhecimento no clube
Aliás, sua atuação foi elogiada não apenas pela imprensa, mas também por comentaristas experientes. Casagrande, durante o programa “UOL News Esporte”, considerou um equívoco a convocação de Danilo, que é reserva no Flamengo.
“Desde que voltou ao Brasil, em janeiro, ele foi titular em apenas nove partidas”, afirmou o ex-jogador. “Léo Pereira vem jogando bem, foi decisivo na vitória sobre o Táchira. Ele deveria estar na lista”.
Galvão Bueno, por sua vez, expressou opinião semelhante no programa “Galvão e Amigos”. Segundo o narrador, o ciclo de Danilo na Seleção já deveria estar encerrado, crítica que adiciona peso ao debate sobre os critérios utilizados na lista atual.
Persistência e foco no Flamengo
Ainda que frustrado, Léo destacou sua dedicação ao trabalho no clube carioca como forma de manter vivo o sonho de vestir a camisa da Seleção.
“Vou ser reconhecido se eu estiver bem no Flamengo, se eu fizer meu trabalho bem feito aqui. É focar no que eu posso fazer e entregar para o Flamengo”, completou o zagueiro, reforçando seu comprometimento.
Durante a entrevista, o jogador também abordou a pressão por resultados, destacando que, apesar das cobranças da torcida, o time está empenhado e ciente da necessidade de evolução. “As cobranças são em cima da expectativa que a gente mesmo coloca no nosso trabalho”, afirmou, mencionando que oscilações são naturais no futebol profissional.
Críticas à convocação e bastidores da lista
Conforme pontuado por Casagrande, há dúvidas sobre o real envolvimento de Ancelotti na escolha dos nomes que atuam no Brasil. Segundo ele, o treinador ainda não teve tempo de observar todos os atletas, o que teria influenciado na inclusão de reservas e na exclusão de titulares em bom momento.
“Ele vai começar a ver jogadores que não estão na lista dele e jogam bem no Brasil”, comentou, projetando possíveis mudanças nas próximas listas.