Em um movimento que promete impactar profundamente a publicidade no futebol brasileiro, o Senado aprovou nesta quarta-feira (28) restrições rigorosas à propaganda das apostas de “bets”.
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A medida proíbe o uso de figuras públicas, como atletas, artistas, comunicadores, influenciadores e autoridades, nas campanhas publicitárias desse segmento. Essa decisão tem gerado discussões acaloradas porque toca em um dos principais setores de investimento no esporte nacional.
Por que o futebol está preocupado com a nova lei?
Vale destacar que, na última terça-feira, os clubes brasileiros emitiram uma nota conjunta expressando preocupação sobre o futuro financeiro do futebol diante das mudanças. Isso porque o patrocínio das casas de apostas é uma fonte importante de receita para as equipes, e a restrição pode prejudicar esse fluxo. Portanto, o setor busca alternativas para manter o equilíbrio econômico.
O que motivou os senadores a aprovarem as restrições?
A aprovação uniu parlamentares de diferentes espectros políticos preocupados com a influência das apostas, principalmente sobre os públicos mais vulneráveis, como crianças e jovens. Sendo assim, o texto, apresentado pelo senador Carlos Portinho, visa criar uma regulamentação equilibrada que discipline a publicidade, limitando sua exposição ao público não-alvo.
“A proposta é encontrar um caminho não de total proibição da publicidade de apostas esportivas, mas de uma regulamentação capaz de disciplinar a publicidade sobre apostas, reduzindo sobremaneira o alcance ao público jovem e às crianças, que de fato não são ou devem ser o público-alvo das bets, evitando o marketing de emboscada presente sobretudo nos estádios e arenas esportivas, mas por outro lado valorizando as propriedades publicitárias e o patrocínio”, declarou Portinho durante a leitura do relatório.
O que esperar daqui para frente?
Agora, o projeto segue para a Câmara dos Deputados, onde será debatido com atenção redobrada. Com isso, fica claro que a regulamentação da publicidade de apostas deve buscar um equilíbrio delicado entre proteger os jovens e garantir a sustentabilidade financeira do esporte. Desse jeito, o tema seguirá em pauta no Congresso e nas discussões do futebol nacional.