O Santos iniciou contatos com Fabinho Soldado, atualmente executivo de futebol do Corinthians, a fim de oferecer-lhe o posto de CEO. A iniciativa ocorre após o pedido de demissão de Pedro Martins, que havia assumido o cargo em dezembro de 2024. A saída do antigo gestor foi motivada por pressões internas, intensificadas desde a demissão do técnico Pedro Caixinha.
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Antes de buscar Fabinho, o clube da Baixada já havia feito sondagens junto a Alexandre Mattos, dirigente do Cruzeiro. Conforme noticiado, ambos demonstraram abertura para ouvir as propostas. Segundo a apuração, o presidente Marcelo Teixeira ofereceu “carta branca” para o novo CEO atuar no departamento de futebol, o que, segundo interlocutores, teria agradado aos nomes abordados.
Interesse recíproco e motivações políticas
Embora a negociação seja considerada difícil, principalmente pelo vínculo sólido que Fabinho mantém com o Corinthians, existem fatores políticos que tornaram o cenário mais flexível. O afastamento de Augusto Melo da presidência alvinegra provocou instabilidade nos bastidores, o que, segundo fontes, pode pesar na decisão do executivo.
Em declaração interna ao clube, a atual gestão, liderada interinamente por Osmar Stabile, reafirmou apoio a Fabinho. “Reunimo-nos com o executivo, com a comissão técnica e com os atletas para reforçar nossa confiança e garantir tranquilidade ao departamento de futebol”, destacou o vice Armando Mendonça.
Apesar do respaldo público, o receio de uma nova eleição e consequente troca no comando da diretoria aumenta a incerteza sobre sua permanência no Parque São Jorge. Assim sendo, o dirigente aceitou dialogar com o Santos sobre o projeto proposto.
Reação no ambiente corintiano e cenário futuro
Fabinho Soldado é visto como uma figura importante no atual organograma do Corinthians, principalmente por ter sido promovido à chefia do futebol profissional ainda durante a gestão de Augusto Melo.
Contudo, interlocutores relatam que a proximidade com o ex-presidente o isolava em alguns momentos, especialmente dentro do CT Joaquim Grava, dificultando o diálogo com outros membros da diretoria.
O Santos, ciente desse contexto, aposta nessa brecha para avançar nas tratativas. A proposta envolveria, além da autonomia ampla no cargo, um papel estratégico na reformulação administrativa do clube, que vive um período de reestruturação após temporadas instáveis dentro e fora de campo.
Ainda que tenha manifestado prioridade ao clube atual, o dirigente deixou claro que está disposto a considerar a proposta santista: “Vou ouvir o projeto. Depois disso, tomarei minha decisão”.
Projeções e alternativas analisadas pelo Santos
Enquanto negocia com Fabinho, o Santos também mantém diálogo com outros nomes do mercado. Além de Alexandre Mattos, um terceiro profissional, cujo nome ainda não foi revelado e que está vinculado a um clube da Série A, também consta na lista de alvos do clube.
A diretoria busca um perfil experiente e com trânsito no futebol nacional, a fim de reorganizar o setor executivo e dar sustentação ao planejamento esportivo da temporada.
