O zagueiro Gil, atualmente no Santos, acionou judicialmente o Corinthians por meio da empresa que o representa, a CF4 Promoções e Eventos Esportivos Ltda. O motivo é a divergência no valor da dívida que o clube paulista reconheceu na Justiça, no âmbito do Regime Centralizado de Execuções (RCE). A equipe jurídica do atleta afirma que o montante apresentado pelo clube está incorreto e requer a correção do valor.
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De acordo com o processo, o Corinthians informou ao sistema judiciário que a dívida com o defensor é de R$ 12.390.000,00. Contudo, os advogados de Gil alegam que o valor devido é superior, totalizando R$ 14.172.086,30. A quantia considera, segundo a defesa, juros de mora de 1% ao mês e atualização monetária desde o vencimento até a data em que o clube obteve a suspensão das execuções.
Ainda conforme os representantes do jogador, o valor reconhecido pelo clube corresponde apenas ao débito inicial, sem considerar o período de correção. “O crédito originário principal, acrescido de juros de mora simples e devidamente corrigido, é o que deve ser habilitado no RCE”, afirmaram nos autos. Com isso, a defesa pede que o juiz responsável intime o Corinthians a se manifestar sobre a impugnação em um prazo de até cinco dias.
Aliás, a CF4 Promoções já havia movido uma ação contra o Corinthians anteriormente. Na ocasião, em setembro de 2024, o valor cobrado era de R$ 11.370.000,00. O aumento progressivo das cifras é explicado, segundo a defesa, pelas atualizações financeiras previstas em contrato. A nova ação reforça o entendimento da empresa de que o clube deve arcar com os encargos correspondentes.
O processo tramita atualmente na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, sob responsabilidade do juiz Guilherme Cavalcanti Lamêgo. A decisão sobre a correção do valor e o eventual pagamento de honorários advocatícios ainda será analisada judicialmente.
O Corinthians, por sua vez, adota a postura de não comentar litígios judiciais em andamento. Enquanto isso, o caso segue em apreciação e pode impactar o planejamento financeiro do clube nas próximas etapas do RCE.
