O Santos vive um momento de reformulação interna. Após a saída de Pedro Martins do cargo de CEO, o clube acelerou a busca por um novo diretor executivo de futebol. A decisão foi tomada em meio a divergências entre o ex-dirigente e membros da alta cúpula santista, que resultaram em seu pedido de demissão no início desta semana.
Notícias mais lidas:
Martins enfrentava resistência de setores tradicionais do clube. Em diversas ocasiões, tentou implementar mudanças estruturais no departamento de futebol, mas encontrou obstáculos dentro da própria diretoria. “O saudosismo vai matar o Santos”, chegou a declarar em entrevista coletiva no mês de abril. A fala gerou desconforto entre os dirigentes e parte da torcida.

O ex-CEO também teve papel central em decisões que atualmente estão sendo questionadas no clube. Foi ele quem conduziu a contratação do técnico Pedro Caixinha, que deixou o cargo recentemente e gerou uma dívida com multa rescisória em trâmite na Fifa. Além disso, bancou a permanência do atacante Gabriel Verón, mesmo diante de episódios de indisciplina.
Diante da saída de Martins, a diretoria santista iniciou uma série de consultas a possíveis substitutos. A prioridade é encontrar um nome com experiência em clubes de grande porte e capacidade de lidar com a limitação orçamentária que o clube enfrenta. Afinal, o novo executivo terá papel decisivo nas contratações da próxima janela de transferências.
Entre os nomes mais cotados estão Alexandre Mattos, atualmente afastado do Cruzeiro, e Fabinho Soldado, que segue no Corinthians. Mattos é visto como uma opção viável, pois não está mais envolvido nas negociações do clube mineiro. Já Soldado tem seu trabalho valorizado no Parque São Jorge e tende a permanecer no cargo, mesmo após a mudança na presidência corintiana.
Além deles, o Santos também fez sondagens a dirigentes com passagem recente pelo Flamengo, como Bruno Spindel e Marcos Braz. Conforme apurado, a lista de avaliados pode chegar a dez nomes. A diretoria alvinegra busca uma escolha criteriosa, a fim de que o novo profissional contribua efetivamente para reestruturar o departamento de futebol e minimizar os impactos da atual crise esportiva.