A vitória da seleção brasileira feminina por 3 a 1 sobre o Japão, na Neo Química Arena, foi marcada não apenas pelo resultado em campo, mas também pelo forte apelo nas arquibancadas. O amistoso reuniu 33.325 torcedores, o maior público registrado nos últimos anos para um jogo da equipe feminina no estádio paulistano, e serviu como preparação para a próxima edição da Copa América.
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Arthur Elias, técnico da seleção desde setembro de 2023, destacou a importância da conexão com o público. “Queremos que os estádios estejam cheios, as jogadoras sejam conhecidas e reconhecidas”, afirmou em entrevista coletiva. Ele ressaltou ainda que deseja promover confrontos com grandes adversários no país para construir uma atmosfera positiva rumo à Copa do Mundo de 2027.
A Neo Química Arena, que será um dos palcos do Mundial, já recebeu outras partidas da equipe feminina desde 2019. Entre os adversários anteriores estiveram México, Canadá e Japão. O menor público registrado foi na goleada por 6 a 0 contra as mexicanas, com pouco menos de 5 mil pessoas presentes. Na época, o futebol feminino ainda se adaptava à exigência de ser mantido pelos clubes da Série A masculina.
Adriana, atacante do São Paulo, comentou a emoção de atuar novamente no estádio onde viveu momentos marcantes com o Corinthians. “É muito gostoso receber esse carinho, ainda mais jogando na arena. Nunca perdi aqui”, relatou a jogadora.
Durante a coletiva, Arthur Elias também reforçou a necessidade de investimentos estruturais. Segundo ele, é preciso ampliar as oportunidades para meninas iniciarem no esporte e melhorar as condições de trabalho das atletas. “Essa abertura com a CBF é um passo importante, mas precisamos de mais ações sociais.”
Por fim, o treinador exaltou a diversidade de perfis no elenco, destacando a concorrência interna por posições como um fator que ele pretende explorar na Copa América.