A crise política no Corinthians ganhou um novo capítulo. Os sócios do clube votarão, na sexta-feira (09 de agosto), a destituição ou a permanência de Augusto Melo na presidência. A assembleia geral foi oficialmente convocada por Romeu Tuma Jr., atual presidente do Conselho Deliberativo. A votação ocorrerá no Parque São Jorge e será decisiva para os rumos administrativos do clube.
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A convocação respeita os critérios adotados para as eleições presidenciais do Corinthians. Portanto, apenas associados com no mínimo cinco anos de vínculo, titulares de plano e com mensalidades em dia terão direito a voto. Caso a decisão do Conselho Deliberativo — que aprovou o impeachment — seja ratificada pelos associados, uma nova eleição será necessária para preencher o cargo até o fim de 2026.
Entretanto, diferentemente do pleito tradicional, essa eventual nova eleição será restrita apenas aos conselheiros. Ou seja, o voto dos sócios valerá apenas para confirmar ou reverter a saída de Augusto Melo, mas não interferirá diretamente na escolha do novo mandatário. Enquanto isso, Osmar Stabile, vice-presidente, permanece no comando do clube de maneira interina.
O pedido de impeachment teve como base três acusações principais. Primeiramente, alegadas irregularidades no contrato de patrocínio com a empresa VaideBet. Além disso, houve indícios de infrações à Lei Geral do Esporte e violações ao estatuto interno do clube. Conforme divulgado, Augusto Melo chegou a ser indiciado pela Polícia Civil na semana anterior à convocação da assembleia.
Enquanto o Corinthians atravessa esse cenário de instabilidade, a diretoria interina já começa a reorganizar setores internos. Aliás, reuniões com patrocinadores e reformulações em cargos de confiança têm ocorrido sob a liderança de Stabile. A transição, embora ainda incerta, tem ganhado força nos bastidores.
Enfim, o ambiente político corintiano segue turbulento, e a assembleia marcada para agosto poderá redefinir profundamente os rumos administrativos do clube nos próximos meses.