O Atlético-MG entra em campo neste domingo (01), às 18h30, no Castelão, para enfrentar o Ceará, defendendo a maior sequência invicta vigente no Campeonato Brasileiro. O time mineiro acumula seis rodadas sem perder, com três vitórias e três empates, resultado que permitiu ao clube sair da zona de rebaixamento e se aproximar do G-6 da competição.
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Entretanto, apesar da campanha sólida nas últimas partidas do torneio nacional, o ambiente nos bastidores não é dos melhores. Após o empate sem gols com o Corinthians na Arena MRV, pela rodada anterior, o elenco voltou a ser alvo de cobranças por parte da torcida.
A insatisfação aumentou após o empate por 1 a 1 com o Cienciano, em Belo Horizonte, que culminou na perda da vaga direta às oitavas de final da Sul-Americana.
Eliminação parcial na Sul-Americana intensifica cobranças
Com o resultado diante da equipe peruana, o Atlético encerrou a fase de grupos da Sul-Americana na segunda colocação de sua chave e terá de disputar uma repescagem contra o Bucaramanga, terceiro colocado do Grupo E da Libertadores. O cenário gerou críticas contundentes, sobretudo pela frustração de não avançar diretamente às fases eliminatórias do torneio continental.
Principal referência ofensiva da equipe, Hulk comentou sobre o momento do grupo e rebateu a ideia de que o desempenho tenha sido o maior problema.
“Quando não está bem, tem que ser vaiado como foi hoje, todo time. Não por falta de desempenho, comprometimento e vontade, mas sim por falta de resultado”, afirmou o atacante, evidenciando o peso dos resultados recentes.
Crise financeira e pressão externa interferem no desempenho
Paralelamente aos desafios esportivos, o clube atravessa dificuldades fora de campo. O Atlético-MG enfrenta problemas financeiros, incluindo o atraso no pagamento de direitos de imagem e premiações a jogadores. Além disso, o executivo Paulo Bracks declarou que o clube não está autorizado a ampliar sua dívida na próxima janela de transferências.
A diretoria também não pretende vender os principais nomes do elenco neste momento, sinalizando um planejamento mais conservador para os próximos meses.
Ainda assim, o time mineiro buscará reencontrar a estabilidade emocional e competitiva diante do Ceará, considerado um dos melhores mandantes da Série A até aqui. A partida é vista internamente como decisiva, não apenas pela sequência de invencibilidade, mas também pela chance de retomar a confiança antes da pausa para a disputa da Copa do Mundo de Clubes.
Expectativa por reação antes da pausa no calendário
A agenda alvinegra prevê, além do compromisso contra o Ceará, um último confronto antes da paralisação do calendário: diante do Internacional, em 12 de junho, na Arena MRV. A intenção do elenco, segundo declarou Hulk, é conquistar duas vitórias para encerrar o semestre em uma colocação mais confortável na tabela.
“Precisamos encarar como uma grande decisão para voltar para casa com três pontos e depois conseguir mais três contra o Inter. E aí poder descansar numa colocação melhor”, destacou o camisa 7.
O desafio, portanto, é claro: manter a invencibilidade, recuperar o moral e amenizar a pressão interna antes do recesso. Afinal, a sequência invicta no Brasileirão se tornou um dos poucos pontos positivos de um período marcado por instabilidade e incertezas.