A conquista do Paris Saint-Germain na final da Liga dos Campeões, no sábado (31), que garantiu o primeiro título europeu do clube após uma goleada por 5 a 0 sobre a Inter de Milão, provocou cenas de caos em diversas cidades da França. Embora o clima fosse inicialmente de euforia entre os torcedores, a situação rapidamente saiu de controle e resultou em dois mortos, 192 feridos e 559 pessoas detidas.
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As manifestações mais intensas ocorreram em Paris, onde milhares se reuniram nas imediações do Arco do Triunfo e ao longo da avenida Champs-Élysées para acompanhar a transmissão da final e, posteriormente, comemorar. Entretanto, atos de vandalismo e confrontos com a polícia marcaram a noite. Segundo o Ministério do Interior francês, mais de 200 veículos foram incendiados, além de pontos de ônibus destruídos e lojas saqueadas.
Mortes, feridos e destruição
As autoridades confirmaram duas mortes durante as celebrações. Um adolescente de 17 anos foi esfaqueado em Dax, no sudoeste do país, durante uma festa de rua. Em Paris, um jovem de 20 anos morreu após sua scooter ser atingida por um carro.
Ambos os casos seguem sob investigação. Já em Grenoble, no sudeste francês, um motorista perdeu o controle do veículo e atropelou uma multidão, ferindo quatro pessoas, duas delas em estado grave.
Enquanto isso, em Coutance, no noroeste, um agente das forças de segurança foi atingido por fogos de artifício e acabou colocado em coma induzido, após sofrer lesões graves nos olhos.
No total, 22 policiais e sete bombeiros ficaram feridos durante os distúrbios, que se estenderam também para cidades como Nantes, onde um ônibus foi completamente destruído por torcedores exaltados.
Reação das autoridades e clima de tensão
Em nota oficial, o ministro do Interior francês, Bruno Retailleau, classificou os responsáveis pelos atos violentos como “grupos bárbaros” e destacou que “os verdadeiros torcedores do PSG estão comemorando uma vitória histórica” enquanto esses grupos aproveitam a ocasião “para semear o caos e entrar em conflito com as autoridades”.
A polícia respondeu aos distúrbios com gás lacrimogêneo e canhões de água a fim de dispersar os manifestantes, sobretudo nas regiões da Porte de Saint-Cloud e na Champs-Élysées, onde a concentração era maior. A depredação, de acordo com os agentes, partiu de um “público malicioso” que se infiltrou entre os torcedores durante as celebrações.
Perspectivas para o pós-título
Mesmo diante da violência registrada, o Paris Saint-Germain manteve sua programação festiva. Estava prevista para este domingo (01) uma parada comemorativa na própria Champs-Élysées, com a presença estimada de 110 mil pessoas. A celebração seguiria até o estádio Parc des Princes, onde seria feita a apresentação oficial do troféu ao público.
