AGORA: Corinthians é condenado pela FIFA

Escudo do Corinthians na Néo Química Arena (Foto Reprodução/Instagram)

A situação financeira do Corinthians ganhou mais um capítulo preocupante. A FIFA tornou pública, nesta semana, uma decisão da Câmara de Status de Jogadores que condena o clube paulista a pagar 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,5 milhões) ao Shakthar Donetsk, da Ucrânia, pelo empréstimo do meia Maycon. A decisão foi tomada em fevereiro, mas só agora veio a público e traz sérias consequências em caso de descumprimento.

Calote pode travar registros de novos atletas

O valor cobrado pelo Shakthar se refere a dois contratos de empréstimo: o primeiro entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023, e uma extensão até o final de 2024. Ambos previam o pagamento de 250 mil euros em quatro parcelas, que, segundo o clube ucraniano, não foram quitadas.

Além disso, a FIFA determinou juros de 10% sobre os valores vencidos e aplicou duas multas adicionais: uma de 75 mil euros (R$ 488 mil) pelo descumprimento contratual e outra de 45 mil euros (R$ 292 mil) a ser paga à própria entidade.

Com isso, o Corinthians corre o risco de sofrer um transfer ban, ou seja, pode ser impedido de registrar novos jogadores em caso de novo calote. Vale destacar que o prazo de 45 dias para o pagamento está temporariamente suspenso enquanto o caso tramita no CAS (Corte Arbitral do Esporte), para onde o clube recorreu.

Maycon segue no elenco, mas incertezas permanecem

Apesar do impasse judicial, o Corinthians anunciou em janeiro uma nova extensão do empréstimo de Maycon até o final de 2025. O jogador, que passou parte da última temporada lesionado, permanece no elenco.

Sendo assim, o Timão terá de encontrar soluções rápidas para resolver a dívida, porque o cenário pode se complicar ainda mais caso a decisão seja mantida. Por isso, é fundamental que o clube atue com responsabilidade para evitar punições esportivas.

Dessa maneira, o episódio serve de alerta para a gestão alvinegra, isso porque compromissos internacionais exigem rigor contratual e transparência. Cabe ressaltar: no futebol moderno, a falta de planejamento cobra caro.