O Atlético-MG enfrenta um momento financeiro delicado, marcado por inadimplência em diferentes frentes. Os compromissos em atraso incluem pagamentos de salários, direitos de imagem, luvas e comissões a empresários. Conforme divulgado pela diretoria, a remuneração de abril aos jogadores também foi quitada fora do prazo acordado. A situação afeta ainda fornecedores vinculados à operação do clube.
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Estratégia para a regularização
A diretoria estabeleceu um prazo de até três meses para colocar em dia todas as pendências financeiras. Segundo o diretor de futebol Paulo Bracks, o objetivo é “honrar os compromissos, mesmo diante das adversidades atuais”.
Ele afirmou que, “o torcedor precisa saber que a situação hoje é delicada, o que não significa que amanhã vai continuar sendo”. O dirigente destacou também que há um esforço interno para manter a credibilidade administrativa construída nos últimos anos.
Essa reorganização financeira será acompanhada de cautela durante a próxima janela de transferências. A diretoria já definiu que não fará contratações que ultrapassem os limites do orçamento. Assim sendo, a política de contratações será ajustada à realidade econômica do clube, evitando movimentos ousados no mercado.
Valores a receber e impacto no caixa
Atualmente, o Atlético-MG tem cerca de R$ 192 milhões a receber por negociações envolvendo direitos econômicos de atletas. As transações envolvem acordos com nove equipes brasileiras e outras seis do exterior.
No entanto, R$ 24 milhões desse montante ainda não foram pagos. Apesar disso, o clube optou por não acionar a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), preferindo resolver diretamente com os clubes inadimplentes. Uma fonte ligada à diretoria afirmou que “os clubes estão comprando, mas ninguém está pagando ninguém”.
Juros e equação financeira
Um dos principais obstáculos apontados por Bracks é o alto custo com juros, que compromete o equilíbrio entre receitas e despesas. Além disso, o dirigente citou a abertura adiada da Arena MRV e a frustração em algumas expectativas de captação de recursos como fatores que dificultaram a manutenção da saúde financeira.
“Essa equação, de exigência versus dívida, é um desafio que eu e minha equipe temos”, declarou.
Conclusão
Portanto, o Atlético-MG traçou como meta primordial a regularização total dos débitos em até 90 dias. O clube busca preservar sua reputação no mercado e manter a competitividade esportiva, mesmo diante de limitações orçamentárias. Enquanto isso, tenta recuperar valores significativos a receber, que podem ser determinantes para o cumprimento do planejamento financeiro no segundo semestre da temporada.
