Bruno Henrique, atacante do Flamengo, se vê no centro de uma das investigações mais delicadas envolvendo o futebol brasileiro nos últimos anos. O jogador responde por um suposto envolvimento em esquema de manipulação de apostas, acusado de ter forçado um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, válida pelo Brasileirão Betano de 2023.
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A defesa do camisa 27 tentou mudar os rumos do processo, solicitando a transferência do caso da Polícia Civil do Rio de Janeiro para a Justiça Federal. Segundo os advogados, o inquérito possui caráter nacional por envolver apostas em plataformas abrangentes, o que justificaria a competência federal. Além disso, foi requerido que as provas coletadas até agora pela polícia estadual fossem invalidadas.

Contudo, o pedido foi rejeitado pelo desembargador André Ribeiro. Assim sendo, o caso segue tramitando sob responsabilidade da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A defesa, entretanto, ainda busca o arquivamento do processo, argumentando que as acusações não condizem com o comportamento e as intenções do jogador.
Paralelamente à esfera criminal, Bruno Henrique também responde ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Ele já prestou depoimento, e novas movimentações são esperadas nas próximas semanas. O imbróglio, portanto, ocorre em duas frentes distintas e pode impactar diretamente a trajetória do atacante no clube.
A recusa do habeas corpus frustrou os planos iniciais da equipe jurídica do atleta, que pretendia ao menos suspender o avanço das investigações. Conforme informado, o argumento central da defesa está apoiado na tentativa de desqualificar as provas colhidas até o momento, apontando irregularidades na condução do processo.
Embora o caso ainda esteja em andamento, ele tem gerado repercussão entre torcedores e dirigentes. Afinal, trata-se de um dos principais nomes do elenco rubro-negro, envolvido em uma situação que, se confirmada, pode ter desdobramentos significativos no cenário esportivo e jurídico nacional.