Vejas as primeiras impressões de Carlo Ancelotti no Brasil

Carlo Ancelotti como técnico da Seleção Brasileira de Futebol (Foto: CBF/Rafael Ribeiro)

A chegada de Carlo Ancelotti à Seleção Brasileira tem causado forte impacto nos bastidores. Conforme avaliação da CBF, a influência do treinador vai além dos treinos em campo. Com uma abordagem serena e conversas individuais, o técnico italiano tem conquistado atletas e comissão técnica com sua liderança espontânea.

“É uma liderança sem força”, descreveu uma das pessoas próximas ao ambiente da seleção, destacando o estilo leve e respeitoso do comandante europeu.

A convivência com os jogadores tem sido marcada por trocas diretas, principalmente com Casemiro, que desponta como capitão da equipe. No comando da integração institucional está Rodrigo Caetano, diretor da CBF e principal elo entre o novo treinador e os profissionais brasileiros.

A comunicação tem melhorado progressivamente com o auxílio de aulas de português, que Ancelotti já iniciou a fim de se aproximar do grupo e da cultura local.

Aliás, o técnico já expressou interesse em conhecer melhor o Brasil, seus costumes e o comportamento dos torcedores. Com isso, pretende ampliar sua presença em jogos no país, observando in loco o futebol praticado por clubes nacionais.

Primeiras escolhas e ideias táticas

No segundo treinamento realizado no CT Joaquim Grava, em São Paulo, Ancelotti revelou as primeiras pistas sobre a formação titular. Embora ainda haja indefinições, algumas peças surgem como pilares: Marquinhos, Vini Jr. e Casemiro. Este último, inclusive, é cotado para usar a braçadeira de capitão. A seleção encara o Equador nesta quinta-feira (05), às 20 horas (de Brasília), em Guayaquil.

A configuração esboçada durante a atividade indica um esquema próximo ao 4-1-2-1-2, similar ao utilizado por Ancelotti no Real Madrid em temporadas anteriores. Nesse desenho, Estêvão surge como uma espécie de meia avançado, à frente de Andreas Pereira e Andrey Santos.

Casemiro ficaria mais recuado, protegendo a zaga formada por Marquinhos, Alexsandro e Danilo, com Alex Sandro pela esquerda. Na frente, Richarlison divide a responsabilidade ofensiva com Vini Jr., substituindo o suspenso Raphinha.

A utilização de Danilo e Vanderson também gera expectativa, já que o primeiro pode atuar tanto na zaga quanto na lateral-direita. Conforme o posicionamento adotado, Ancelotti poderá ajustar a formação sem mexer demasiadamente nas peças, algo que demonstra sua preferência por estratégias adaptáveis.

Clima renovado e expectativas futuras

Embora esteja em seu início, o trabalho de Ancelotti já provocou mudanças significativas na atmosfera da Seleção. O ambiente considerado mais leve contribuiu para restabelecer a confiança dos jogadores e reacender a esperança na torcida.

Segundo os relatos, “todos parecem ter a certeza de que um novo momento da seleção é apenas questão de tempo”.

Além disso, o treinador tem buscado compreender o futebol brasileiro em sua essência. Essa imersão vai muito além das quatro linhas, passando também pela cultura, idioma e rotinas locais. A iniciativa sinaliza um compromisso sólido com o cargo, não apenas do ponto de vista técnico, mas humano e institucional.

Em suma, a estreia de Carlo Ancelotti representa mais que uma simples mudança de comando. Trata-se de uma nova era, com a proposta de resgatar a identidade da Seleção, unir talento e disciplina tática, e sobretudo reconquistar a confiança dos brasileiros.