A ausência de Neymar na lista de convocados da Seleção Brasileira voltou a gerar repercussão. Durante o programa Galvão e Amigos, exibido pela Band, o ex-jogador e comentarista Walter Casagrande comparou o comportamento do camisa 10 com o de Zico, ídolo do Flamengo, conhecido pelo comprometimento, mesmo em situações adversas. A fala surgiu enquanto o debate girava em torno da dedicação dos jogadores à Seleção.
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Casagrande relembrou o esforço do ex-meia durante a Copa do Mundo de 1986, no México. Segundo ele, Zico enfrentava sérias dificuldades físicas, mas ainda assim se submetia a longas sessões de fisioterapia e fortalecimento muscular desde as primeiras horas do dia, tudo para tentar defender a camisa da Seleção. “Eu vi um cara se matar das 6h da manhã até às 19h da noite pra tentar jogar uma Copa do Mundo”, declarou o comentarista. “Quando eu lembro do Zico e olho o Neymar, eu falo, não acredito nesse cara, como que vou acreditar nele?”, completou.

Neymar, atualmente com 79 gols pela Seleção, não atua desde outubro de 2023. Na ocasião, o atacante sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo, que o tirou dos gramados por tempo indeterminado. Embora seja o maior artilheiro da história da equipe nacional, à frente de Pelé, o camisa 10 ficou de fora da convocação de Carlo Ancelotti para os confrontos contra Equador e Paraguai, válidos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
A ausência do atacante também levanta dúvidas sobre o seu futuro no cenário doméstico. Neymar tem contrato com o Santos até o dia 30 de junho. Até o momento, nem o clube paulista, tampouco o estafe do jogador, se manifestaram sobre uma possível renovação. A indefinição ocorre em meio a um cenário de recorrentes lesões e aparições limitadas em campo.
Na atual temporada, o jogador disputou 14 das 27 partidas realizadas pela equipe. Apesar da presença parcial, contribuiu com 3 gols e 3 assistências. Contudo, o desempenho abaixo do esperado e a condição física instável sugerem que o atleta pode estar avaliando alternativas para o prosseguimento de sua carreira.
Enquanto isso, a Seleção tenta se reinventar sob o comando de Ancelotti. Sem a presença de seu camisa 10, a equipe busca novas lideranças e alternativas para manter o desempenho competitivo nas Eliminatórias. A comparação entre gerações, como feita por Casagrande, reacende o debate sobre o nível de comprometimento dos atletas que vestem a amarelinha.