Flamengo traça novo plano para premiação do Mundial de Clubes

Centro de Treinamento Ninho do Urubu - Foto: divulgação

Em meio aos preparativos para o Mundial de Clubes nos Estados Unidos, o Flamengo tomou uma decisão estratégica que promete impactar diretamente o recebimento da premiação do torneio. O clube alterou o planejamento inicial e adotou uma nova abordagem fiscal para lidar com os impostos que incidem sobre os ganhos durante o evento internacional. A mudança pode ser decisiva para o equilíbrio financeiro da participação rubro-negra na competição.

Flamengo aposta no regime ECI

Inicialmente, o Flamengo estudava abrir uma empresa nos Estados Unidos para tentar reduzir a carga tributária. No entanto, a proposta foi descartada. Em vez disso, o clube optou pelo modelo fiscal conhecido como “effectively connected income” (ECI), já utilizado por outras entidades esportivas e sugerido pela própria FIFA.

Sendo assim, esse regime considera que atletas, técnicos e dirigentes estrangeiros atuam como agentes econômicos em solo americano, o que permite que o imposto seja proporcional ao tempo de permanência no país. Com isso, por exemplo, um jogador com salário anual de US$ 1,2 milhão, que permanecer 30 dias nos EUA, será tributado sobre cerca de US$ 98,6 mil.

Impostos sobre lucros também entram na conta

Além disso, o Flamengo terá de pagar 21% de imposto sobre o lucro obtido na fase inicial do Mundial. Isso porque o valor é calculado com base na premiação recebida, descontando custos como hospedagem e transporte. Vale destacar que, apesar da mudança na estratégia, a carga tributária permanece a mesma o que mostra um ajuste operacional sem impacto financeiro negativo.

FIFA divide premiação para amenizar efeitos tributários

Dessa maneira, a FIFA estruturou o pagamento do “Pilar de Participação”, de US$ 15,21 milhões, para suavizar o impacto dos impostos. Por isso, 52% desse montante, correspondente à participação nos EUA, será tributado. Já os outros 48%, relacionados a ações como o uso de imagem, estarão isentos.

Cabe ressaltar que a FIFA pagará os clubes até 30 de setembro, e os valores finais dependerão do desempenho no torneio. Desse jeito, o Flamengo se movimenta para garantir que os ganhos no Mundial sejam, de fato, vantajosos dentro e fora de campo.