Às vésperas de completar 60 anos, Romário fez uma análise contundente sobre a atual situação da Seleção Brasileira. Segundo o ex-atacante, que foi protagonista na conquista do tetracampeonato em 1994, o Brasil deixou de ser uma equipe temida. “Talvez o Brasil nunca mais vá dar medo”, afirmou, destacando a perda de respeito entre os adversários.
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Romário atribuiu esse cenário à desorganização dentro e fora de campo. De acordo com ele, os últimos treinadores falharam em dar identidade ao time, e a CBF errou ao manter Tite após a eliminação na Copa de 2018. “Na minha opinião já tinha que ter mudado o ciclo ali”, declarou. Para o ex-jogador, o comando técnico tem papel essencial no resgate da competitividade da equipe.
Atualmente, a Seleção vive um período de transição com Carlo Ancelotti assumindo o comando após interinos e tentativas frustradas. A expectativa é de uma reconstrução, mas os resultados recentes não empolgam. O Brasil perdeu posições no ranking da Fifa e teve atuações abaixo do esperado nas Eliminatórias. “A Seleção não move mais o brasileiro”, completou Romário, ao comentar a apatia da torcida.
Embora reconheça a qualidade de nomes como Vinícius Júnior e Neymar, o ex-atacante acredita que o conjunto está aquém do necessário. “Temos bons jogadores, mas falta organização”, disse. Ele ainda ressaltou que o momento atual é de descrença generalizada.
A análise feita por Romário reflete o sentimento de parte dos torcedores que, conforme pesquisas recentes, têm demonstrado desinteresse crescente por jogos da Seleção. Aliás, muitos não acompanham sequer os resultados das partidas. Essa ruptura entre equipe e público sinaliza um desafio estrutural.
Portanto, segundo Romário, a Seleção precisa mais do que talentos individuais. “Falta comando, projeto e vontade de recuperar a essência”, concluiu.