Os clubes brasileiros classificados para a Copa do Mundo de Clubes — Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras — optaram por não abrir empresas nos Estados Unidos, mesmo após estudos iniciais que consideravam essa alternativa para amenizar a carga tributária. A ideia foi abandonada após análise conjunta entre os departamentos jurídicos e financeiros das quatro equipes.
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Em vez disso, os clubes decidiram adotar o modelo ECI (effectively connected income), que tributa as receitas de forma equivalente às de uma empresa norte-americana. Essa escolha se mostrou mais viável do ponto de vista prático e fiscal. Aliás, o Flamengo chegou a obter aprovação em conselho para constituir uma empresa no exterior, mas voltou atrás diante dos custos e burocracias envolvidos.
A carga tributária imposta pelo governo dos Estados Unidos alcança até 37% sobre os dias de trabalho dos atletas e membros da delegação durante o período no país. Contudo, existe isenção para quem recebe até US$ 3 mil. Os cálculos seguem uma regra proporcional, considerando o total anual de rendimentos e os dias trabalhados em território americano.
Além disso, as premiações oferecidas pela FIFA também sofrem incidência de impostos. A parte referente à participação no torneio em solo americano, que representa 52% do valor total de US$ 15,21 milhões, será tributada. Já os 48% restantes, ligados a atividades realizadas fora dos Estados Unidos, estão isentos.
O valor líquido ainda será tributado em 21%, após descontos com despesas operacionais como transporte, alimentação e hospedagem. Posteriormente, outros 30% serão cobrados sobre a remessa para o Brasil, como se fossem dividendos empresariais, o que aumentou a preocupação dos dirigentes.
Por fim, a FIFA estipulou um cronograma para pagamentos: o primeiro ocorreu em 29 de maio, com repasses posteriores programados para 27 de junho, 15 de agosto e 30 de setembro, dependendo da performance de cada clube na competição.
