Em tempos em que jogadores costumam trocar de clube por melhores salários ou maior visibilidade, Pablo Vegetti contrariou a lógica. Ídolo do Vasco, o centroavante argentino recusou uma proposta do Corinthians para seguir vestindo a camisa cruz-maltina. A revelação foi feita por Emiliano Díaz, ex-auxiliar técnico do clube, em entrevista ao Charla Podcast.
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Lealdade rara no futebol atual
Segundo Emiliano, a investida aconteceu logo após sua chegada ao Corinthians, ao lado do pai, Ramón Díaz. Por conhecer Vegetti de perto, ele tentou convencê-lo a se transferir para o Timão. No entanto, encontrou uma resposta firme e carregada de afeto ao Vasco.
“Eu quis trazer ele para o Corinthians, claro que tentei. Mas ele está muito vinculado ao Vasco. Brinquei com ele e ele disse: ‘É difícil, estou muito bem aqui, minha família gosta do Vasco, sou capitão’”, contou Emiliano.
Além disso, Vegetti demonstrou respeito pelo elenco do Corinthians ao reconhecer a concorrência pesada no setor ofensivo. “E ainda tem o Yuri Alberto e o Memphis (Depay) lá. Não sei se iria jogar”, completou.
Renovação com valorização salarial
A lealdade ao Vasco foi recompensada. Recentemente, o camisa 99 renovou contrato até o fim de 2026. Segundo o ge, a renovação veio acompanhada de valorização salarial: Vegetti passou a receber cerca de R$ 760 mil por mês.
Vale destacar que, mesmo aos 36 anos, o atacante mantém alto nível de performance graças ao comprometimento fora dos gramados. “É chato fazer churrasco com ele. Acaba o churrasco, ele vai para a sauna queimar o churrasco. O cara vive assim”, brincou Emiliano.
Sul-Americana é a obsessão
Dessa maneira, Vegetti reforça seu papel de líder e referência no elenco. Apesar de reconhecer que o momento do clube exige paciência, o argentino não esconde a vontade de conquistar títulos com a camisa vascaína. “Minha prioridade é a Copa Sul-Americana”, afirmou.
Sendo assim, a postura de Vegetti inspira a torcida. Isso porque, em tempos de instabilidade, ele representa fidelidade, trabalho e esperança. Por isso, sua permanência é vista como um reforço moral e técnico. Cabe ressaltar: nem toda proposta é mais valiosa que o amor por um clube.
