O empresário Rafael Menin, gestor da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) que administra o Atlético, concedeu entrevista coletiva neste sábado (07 de junho), na Arena MRV. Durante a conversa com jornalistas, ele abordou temas relacionados à saúde financeira do clube e ao impacto da SAF nos últimos anos. Conforme suas declarações, o cenário atual é delicado, mas significativamente menos crítico do que em momentos anteriores.
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“Há cinco anos, a situação do Galo era de paciente terminal. Logo após a SAF, o Galo estava na UTI, entubado. Hoje o Galo está numa situação difícil, mas melhor do que dos anos passados”, afirmou Menin. Segundo ele, a reestruturação do clube passa por três etapas principais: eliminar o déficit operacional, controlar os investimentos e reduzir a despesa financeira.
O dirigente também destacou o desempenho do time em campo nos últimos anos, apesar das limitações orçamentárias. “Fizemos estudos dos últimos 20 anos. O Atlético nunca pontuou tanto no Brasileiro, nunca pontuou tanto na Copa do Brasil e na Libertadores. De fato o Galo foi o terceiro colocado em pontos nas três competições”, declarou.
Entretanto, a dívida do clube ainda preocupa. Rafael Menin detalhou que aproximadamente R$ 900 milhões foram contraídos junto a bancos para viabilizar a conclusão da Arena MRV. Além disso, a dívida com o Profut chega a cerca de R$ 350 milhões. Também restam cerca de R$ 200 milhões relacionados a transferências de atletas, o que eleva o total da dívida para aproximadamente R$ 1,4 bilhão.
A situação financeira impacta diretamente o planejamento do clube. Menin descartou uma postura agressiva na próxima janela de transferências e reforçou a necessidade de responsabilidade. “É muito ruim não honrar pagamento”, reconheceu. A afirmação veio em meio às expectativas de movimentações no elenco comandado por Cuca.
Apesar dos desafios, o dirigente afirmou que o Atlético caminha para um cenário mais sustentável. A transparência nas ações da SAF e os resultados obtidos em campo são, segundo ele, sinais positivos do processo de recuperação. “O primeiro passo foi dado. Agora, precisamos consolidar essa nova fase com equilíbrio”, concluiu.
