O ex-presidente Rodolfo Landim voltou a se posicionar publicamente sobre o projeto do estádio próprio do Flamengo e demonstrou preocupação com a condução da atual diretoria em relação ao tema. Em entrevistas recentes, ele afirmou que a paralisação da iniciativa pode ser um fator decisivo para um possível retorno ao comando do clube.
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Durante participação no programa CNN Esportes S/A, exibido no domingo (08 de junho), Landim enfatizou que a ausência de uma arena exclusiva compromete o desempenho do time em competições de alto nível. “Você perde o fator casa, cansa mais os jogadores ao rodar o país todo… Isso prejudica o desempenho”, afirmou o ex-dirigente.
Desconfiança sobre o comprometimento da nova gestão
Landim demonstrou ceticismo quanto ao real interesse da diretoria liderada por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, em dar continuidade ao projeto. “Tenho dúvidas se essa administração atual está realmente comprometida com a construção do estádio”, declarou. Segundo ele, embora a proposta tenha sido defendida durante a campanha eleitoral, sinais recentes indicariam uma tentativa de reverter o discurso.
“Tudo o que eu venho ouvindo — vazamentos, pequenas informações passadas à imprensa — dá a entender que estão tentando mudar a narrativa. Criar uma justificativa para não fazer”, disse o ex-presidente, ao reforçar sua desconfiança sobre a postura da atual gestão.
Estádio do Gasômetro e provocações simbólicas
O terreno do Gasômetro, adquirido em 2024 após vitória em leilão, segue como o local planejado para a construção da arena. A antiga diretoria previa a entrega do estádio em 2029, mas com a mudança de gestão, o novo comando solicitou reavaliações e passou a considerar 2031 como data mais viável.
Aliás, como forma de protesto, Landim tem comparecido aos jogos do Flamengo no Maracanã vestindo uma camisa com o número 29 e o nome “Estádio”, referência direta ao prazo anteriormente prometido para a conclusão da obra.
Comprometimento com a torcida nacional
Ainda conforme seu discurso, Landim defendeu a estratégia de levar jogos para outras cidades do país como forma de fidelizar torcedores fora do Rio de Janeiro. Contudo, ele ressaltou que essa política não deve substituir a necessidade de um estádio próprio: “O Flamengo tem, sim, que visitar o país. Mas isso não substitui a importância de uma casa fixa”.
Possível retorno ao clube
Por fim, Landim deixou claro que seu retorno ao Flamengo dependeria da interrupção definitiva do projeto da arena. “Estou sendo bem franco. Não tenho nenhum interesse pessoal nisso. Mas esse talvez seja um dos motivos que me fariam pensar, no futuro, em voltar ao Flamengo”, concluiu.
