Walter Casagrande destacou a postura da seleção brasileira contra o Paraguai, na Neo Química Arena, mais do que o desempenho técnico. Apesar de o futebol não ter sido vistoso, ele elogiou a atitude dos jogadores, que buscaram incessantemente o gol.
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Apesar da vitória, Casagrande apontou três desafios para Carlo Ancelotti até a Copa do Mundo: melhorar a qualidade do jogo coletivo, encontrar um meia criativo e um centroavante. Ele não vê Raphinha e Gabriel Martinelli com a capacidade de serem os principais articuladores do time. Além disso, apontou a necessidade de um homem gol.
“Foi só 1 a 0 porque faltam no Brasil duas posições que o Ancelotti tem um ano para achar. É um meia criativo, o Brasil seguiu sem criatividade. Teve intensidade de jogo, mas o Raphinha não é criador de jogadas, o Martinelli também não. Nos jogos enrolados, falta um cara como esse. E também um centroavante, um cara que faça gols, não necessariamente para ser titular”, disse Casagrande.
Uma grande crítica de Casagrande é o atacante Richarlison. No empate sem gols com o Equador, o Pombo já tinha sido alvo do comentarista. Na ocasião, ele foi titular e, para Casão, a única explicação era a afinidade pessoal com o técnico Ancelotti.
“Ontem ficou provado. O Matheus Cunha foi bem no estilo daquele jogo, mas quando ele saiu, entrou o Richarlison. Aí o jogo empacou, além de não se movimentar tanto, ele é menos técnico. A bola bate e volta, não consegue segurar, está sem confiança. Então, são posições que o Ancelotti precisa encontrar”, afirmou.
A próxima data-Fifa, que marca as duas últimas rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo, acontecem em setembro. O Brasil encara o Chile, lanterna da competição, dentro de casa. Depois encerra contra a Bolívia, na altitude. A expectativa é que Ancelotti use os jogos para testar jogadores, tendo em vista que já está classificado.