O Mundial de Clubes segue rendendo debates acalorados no futebol internacional. Após a eliminação do Flamengo para o Bayern de Munique nas oitavas de final, o técnico rubro-negro, Filipe Luís, saiu em defesa da competição, contrariando o posicionamento do atacante Raphinha, do Barcelona, que criticou o impacto da disputa no calendário dos europeus.
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Filipe Luís: “Seria um privilégio disputar o Mundial”
Para o treinador, participar do Mundial é um sonho para qualquer jogador. “Para mim, como treinador, se eu tivesse continuado como jogador, seria um privilégio gigante estar nesse torneio”, declarou em entrevista após a derrota por 4 a 2.
Filipe Luís destacou que, apesar do calendário congestionado e das férias sacrificadas, esses momentos fazem parte do auge da carreira.
“Perdi tempo, de qualidade, de ir à praia com a minha família, mas vivi o melhor do futebol, onde estão os melhores”, afirmou.
Além disso, o comandante enfatizou a importância da competição para valorizar jogadores sul-americanos e ampliar portas no futebol mundial.
“Espero que tenhamos mais e possamos encontrar uma maneira de colocar no calendário para que os clubes fiquem satisfeitos. É uma oportunidade para nós, sul-americanos, e países da Ásia e Oceania para disputar contra os melhores”, completou Filipe Luís.
Raphinha critica “falta de férias” dos jogadores europeus
Por outro lado, Raphinha, que atualmente está de férias no Brasil, levantou questionamentos sobre a sobrecarga do calendário para atletas que atuam na Europa.
“Particularmente falando, como uma pessoa que joga num time europeu, eles estariam de férias. Eu estou de férias”, afirmou em evento em São Paulo.
O atacante ressaltou a ausência de descanso para jogadores após competições importantes, mencionando casos do PSG que mal tiveram tempo para comemorar a final da Champions League antes de seguirem para compromissos com suas seleções.
“Acho que a gente ter que abrir mão das nossas férias por obrigação é muito complicado porque é de direito nosso”, disse Raphinha, salientando que muitos atletas não terão nem três semanas de descanso.