Entenda o motivo que leva o Flamengo a buscar outro centroavante

Pedro embarca com a delegação do Flamengo - Foto: Adriano Fontes/Flamengo
Pedro embarca com a delegação do Flamengo - Foto: Adriano Fontes/Flamengo

O Flamengo vive um momento de avaliação interna em seu setor ofensivo, especialmente na posição de centroavante. As situações de Pedro e Juninho, ambos em baixa, despertaram preocupação e abriram margem para que a diretoria avalie a possibilidade de contratar mais um jogador para a função.

Pedro, artilheiro do clube nas últimas temporadas, voltou aos gramados em abril após uma lesão que o afastou por sete meses. Entretanto, não conseguiu recuperar o ritmo ideal e perdeu espaço na equipe. A possibilidade de sua saída veio à tona após reportagem revelar que o clube estaria aberto a propostas pelo atacante, o que causou incômodo nos bastidores. A repercussão levou o técnico Filipe Luís a ter uma conversa direta com o jogador para esclarecer a situação.

Conforme apurado, o treinador conta com Pedro para a sequência da temporada, mas impôs a necessidade de o atacante alcançar o nível físico dos demais atletas. Ainda assim, é improvável que seja titular na partida contra o São Paulo, marcada para sábado (12 de julho), às 16h30 (horário de Brasília). Até lá, o elenco terá mais três treinos, e a escalação dependerá do desempenho no dia a dia.

Pedro volta aos campos em dia de goleada do Flamengo no Maracanã - Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
Pedro volta aos campos em dia de goleada do Flamengo no Maracanã – Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

Juninho, por sua vez, teve propostas recusadas pelo Flamengo vindas de clubes da Arábia Saudita, como Al-Riyadh e Najma SC. Embora esteja entre as últimas opções do elenco, a decisão de mantê-lo foi acompanhada da promessa de mais oportunidades. Filipe Luís, que teve papel fundamental em sua contratação, acredita que o atacante ainda pode render, desde que se destaque nas atividades cotidianas. Recentemente, Juninho teve pouquíssimos minutos em campo, participando de apenas um jogo na Copa de Clubes.

Diante da desconfiança sobre os dois centroavantes, a diretoria monitora o mercado em busca de um jogador com perfil distinto. Embora a contratação não seja tratada como prioridade, o Flamengo vê necessidade de reforço para garantir competitividade ofensiva. Enquanto isso, improvisações têm sido adotadas: Gonzalo Plata e Bruno Henrique vêm atuando centralizados, suprindo temporariamente a ausência de um nome consolidado na posição.

Paralelamente, o departamento de futebol também atravessa momentos de tensão. O diretor José Boto teve sua permanência no cargo garantida pelo presidente Rodolfo Landim, o Bap, após o episódio envolvendo o veto à contratação do atacante Mikey Johnston. O dirigente português ficou incomodado por ter sua negociação interrompida mesmo após aprovação inicial. Bap, por sua vez, considerou o episódio como uma divergência pontual.

Sobre a crise interna, Bap afirmou: “Tudo sob controle, nada vai mudar”.

Ainda que siga no cargo, Boto enfrenta resistência nos bastidores. Parte da diretoria, jogadores e funcionários tem criticado sua postura no dia a dia. Além disso, decisões como a tentativa de liberar Victor Hugo sem compensação financeira intensificaram os questionamentos sobre sua condução do futebol rubro-negro.