Novas informações sobre o julgamento de Bruno Henrique são divulgadas

Bruno Henrique em embarque do Flamengo - Foto: Adriano Fontes/Flamengo
Bruno Henrique em embarque do Flamengo - Foto: Adriano Fontes/Flamengo

Bruno Henrique, atacante do Flamengo, responde a um processo criminal que apura sua participação em um suposto esquema de manipulação de apostas esportivas. Em maio de 2025, o Ministério Público do Distrito Federal denunciou o jogador por estelionato e fraude desportiva. A denúncia também incluiu oito pessoas próximas ao atleta, entre elas, o irmão do jogador.

Segundo as investigações, Bruno Henrique teria atuado deliberadamente para receber um cartão amarelo durante o jogo contra o Santos, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023.

A partida aconteceu em Brasília e teria sido o cenário de uma ação coordenada entre o jogador e familiares, com o objetivo de beneficiar apostas previamente combinadas.

Rejeição do pedido de habeas corpus

A defesa do atleta buscou anular a investigação alegando que a 7ª Vara Criminal de Brasília não teria competência legal para conduzir o caso, requerendo a transferência da ação para a Justiça Federal. Com essa mudança, os advogados pretendiam invalidar todos os atos processuais realizados até o momento.

Contudo, o pedido foi negado pelo ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que considerou inadequado o uso de habeas corpus para esse fim. Em sua decisão, o magistrado declarou:

“O habeas corpus não é cabível para reexame de prova ou para questões que não afetam diretamente a liberdade de locomoção, como a definição de competência sem reflexo no direito de ir e vir”.

Fundamentação da denúncia

De acordo com o Ministério Público, a denúncia se baseou em conversas obtidas pela polícia entre o jogador e seus familiares, além da súmula oficial do jogo. As mensagens reforçariam o indício de que o cartão amarelo foi propositalmente provocado por Bruno Henrique.

A CNN Brasil apurou que o STJD também acompanha o caso em paralelo, reforçando o cerco jurídico ao jogador.

Além disso, as autoridades executaram uma operação conjunta entre a Polícia Federal, o MP do Rio de Janeiro e o MP do Distrito Federal. A ação, realizada no ano passado, cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados.

Situação atual e consequências

Atualmente, Bruno Henrique e os outros denunciados já foram formalmente transformados em réus desde junho de 2025. A depender do desfecho do processo, e caso seja condenado com a pena máxima prevista, o jogador pode cumprir até 17 anos e 8 meses de prisão.

A equipe jurídica do atleta ainda não informou se pretende recorrer novamente da decisão do STJ. Até o momento, o Flamengo não se pronunciou oficialmente sobre o caso.