O Flamengo decidiu elevar o tom. Na noite desta quarta-feira (30), o clube carioca publicou uma nota oficial cobrando publicamente o Internacional por uma dívida de 1,25 milhão de euros, equivalente a cerca de R$ 8 milhões, referente à contratação de Thiago Maia.
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A cobrança veio acompanhada de duras críticas à postura do clube gaúcho, que, mesmo inadimplente, anunciou a chegada do volante Alan Rodríguez.
Além disso, o Rubro-Negro voltou a pressionar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) dê celeridade ao caso. Isso porque, segundo a nota, o Inter não efetuou nenhuma das cinco parcelas do acordo firmado em 2024. O Flamengo considera “inaceitável” que a sentença tenha sido adiada para o dia 6 de setembro, mesmo sem justificativa formal.
Negócio mal resolvido
Vale destacar que a negociação por Thiago Maia previa o pagamento de 4 milhões de euros em dez parcelas. A primeira, no valor de 250 mil euros, venceria em agosto de 2024, mas nunca foi quitada. Sendo assim, o Flamengo notificou o Inter e, diante da ausência de resposta, acionou a CNRD.
Caso a decisão seja favorável ao clube carioca e o Inter não efetue o pagamento, poderá sofrer sanções, como o “Transfer Ban”, medida que impede a inscrição de novos atletas na CBF. Dessa maneira, o próprio Alan Rodríguez, recém-contratado, poderia ficar impossibilitado de jogar.
Flamengo emite Nota Oficial
Em sua nota, o Flamengo foi direto:
“O Clube de Regatas do Flamengo lamenta que o Sport Club Internacional siga descumprindo compromissos financeiros assumidos com esta instituição, ao mesmo tempo em que anuncia publicamente a contratação de novos atletas, como Alan Rodríguez […] O Flamengo considera inaceitável a repetição desse cenário e espera que a CBF […] atue com firmeza e coerência diante de um caso que fere frontalmente os princípios do Fair Play Financeiro”.
Desse jeito, o Flamengo tenta não apenas reaver o valor devido, mas também expor um exemplo que, na visão da diretoria, não pode se repetir no futebol brasileiro. Cabe ressaltar que a cobrança vem em um momento de maior rigor da CBF quanto à transparência financeira dos clubes.
Com isso, cresce a pressão para que a entidade máxima do futebol brasileiro tome uma atitude. O Rubro-Negro exige que os mecanismos regulamentares já existentes sejam utilizados com eficácia, garantindo agilidade e equidade nas decisões da CNRD.