O Botafogo surpreendeu o mercado em março deste ano ao anunciar oficialmente a venda de Savarino ao Lyon, por € 7,6 milhões (R$ 48,4 milhões). Contudo, o meia venezuelano nunca chegou a vestir a camisa do clube francês. Apesar do acordo selado entre as diretorias, o próprio jogador decidiu permanecer no Glorioso, escolha motivada por uma conversa com a esposa e os filhos.
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Por isso, o negócio que parecia irreversível acabou travado. Sendo assim, Savarino segue no Rio de Janeiro, com vínculo ativo com o Botafogo, que ainda detém seus direitos econômicos e federativos.
Planejamento esportivo x realidade familiar
Cabe ressaltar que a negociação com o Lyon foi conduzida inicialmente com o aval do próprio Savarino, que demonstrava interesse em atuar na Europa. Isso porque o meia via na transferência uma oportunidade de crescimento esportivo e valorização internacional.
No entanto, fatores pessoais falaram mais alto. Além disso, a proposta previa a ida apenas após a disputa da Copa do Mundo de Clubes, o que deu tempo ao atleta para reavaliar sua decisão. Dessa maneira, optou por não deixar a rotina já consolidada com a família no Brasil.
Desse jeito, mesmo com o acordo formalizado entre os clubes, o negócio não foi adiante. Savarino segue atuando normalmente pelo Botafogo, sem prejuízo técnico à equipe.
Impactos extracampo e tensão entre Botafogo e Lyon
Vale destacar que a negociação de Savarino faz parte de um contexto mais amplo: o Botafogo notificou o Lyon, cobrando reembolsos que somam mais de R$ 410 milhões. A diretoria alvinegra alega ter facilitado o fluxo de caixa do clube francês ao negociar atletas abaixo do valor de mercado, entre eles, o próprio Savarino.
Com isso, o episódio ganhou contornos administrativos e pode desdobrar-se em novas ações legais. Portanto, embora o jogador tenha permanecido, as consequências dessa operação mal resolvida ainda estão longe de terminar.