O Flamengo atravessa um momento de mudanças em seu elenco profissional e também de conquistas na base. Em meio às celebrações pelo título mundial sub-20, o clube confirmou a saída de uma de suas promessas mais comentadas nos últimos anos. O movimento reforça a atual política da diretoria em equilibrar vitórias esportivas e resultados financeiros.
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Na base, o destaque recente foi a vitória sobre o Barcelona na final do Mundial sub-20, no sábado (23), no Maracanã. O duelo terminou empatado por 2 a 2 no tempo normal, com gols de Lorran e Iago, levando a decisão para os pênaltis. Nas cobranças, o goleiro Léo Nannetti brilhou, defendendo duas tentativas catalãs e assegurando o título para os rubro-negros.
Nesta quarta-feira (27), o Flamengo acertou a venda de Matheus Gonçalves ao Al-Ahli, da Arábia Saudita, por 8 milhões de euros (cerca de R$ 50 milhões). O meia de 19 anos perdeu espaço com o técnico Filipe Luís, atuando principalmente no sub-20 e chegando a ser titular na conquista da Copa Intercontinental da categoria.

O negócio representou a maior oferta recebida pelo jogador. Antes, o Cruzeiro havia se aproximado de um acerto, oferecendo 3,5 milhões de euros (R$ 22 milhões) por 50% dos direitos, em negociação conduzida diretamente com o presidente Rodolfo Landim, conhecido como Bap. O Flamengo, no entanto, recuou. Já o CSKA, da Rússia, chegou a apresentar proposta de 7 milhões de euros (R$ 44 milhões), mas não teve sucesso.
Na temporada, Matheus Gonçalves somou 15 jogos e dois gols pelo time principal. Sem conseguir espaço entre os titulares, pediu para retornar ao sub-20 em busca de mais minutos em campo. A decisão reforçou sua presença em títulos das categorias de base, mas também indicou o caminho de saída em meio à concorrência no elenco profissional.
Em campo, ele ainda participou da final do Mundial sub-20 contra o Barcelona. Nas penalidades, o meia desperdiçou uma das cobranças, mas a atuação decisiva de Léo Nannetti garantiu que o erro não comprometesse a conquista. O título coroou uma geração que vem dando retorno esportivo e financeiro ao clube.
O desempenho do time no Maracanã emocionou torcedores e jogadores. Durante os primeiros dez minutos, a torcida entoou cânticos em homenagem aos jovens vítimas do incêndio no Ninho do Urubu. Nesse período, Lorran abriu o placar, reforçando o simbolismo do momento e a conexão da base com a história recente do clube.